DURANTE A PANDEMIA E TODOS OS DIAS, A LUTA É EM DEFESA DA VIDA, DOS DIREITOS, SALÁRIOS E EMPREGOS

Metalúrgicos, sapateiros, têxteis, trabalhadores na indústria de plástico, químicos, radialistas, são exemplos de categorias nas empresas privadas que se organizam na Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e estão enfrentando as Medidas Provisórias do governo da morte de Bolsonaro que atacam os direitos e os salários dos trabalhadores.

Nesse momento em que os patrões se aproveitam da pandemia provocada pelo coronavírus para buscar saídas para sua crise e conseguirem mais vantagens para aprofundar a exploração da classe trabalhadora, temos conseguido com pressão realizar Acordos Coletivos que não homologam o que está nas MPs impostas pelo governo.

O principal objetivo é garantir a quarentena de todos os trabalhadores que não estão nas atividades essenciais e ao mesmo tempo proteger os salários, os direitos e o emprego, indo na contracorrente do que querem os patrões, o governo e seus auxiliares que estão no Congresso Nacional e no Judiciário,

Enfrentamos também a consequência de anos de conciliação de classes, em que diversas centrais e direções sindicais que não têm compromisso na defesa dos trabalhadores abriram a porta para a intensificação das jornadas de trabalho, para a redução de salários e de direitos. Esses são os mesmos que agora, durante a pandemia, em vários lugares estão homologando os ataques dos patrões e do governo realizando acordos coletivos que simplesmente são a legitimação de todos os ataques que estão nas Medidas Provisórias como a 927 e 936.

Num momento em que o Judiciário, através do STF, se soma ao governo no ataque à organização dos trabalhadores, ao retirar os Sindicatos das negociações deixando os trabalhadores reféns da pressão patronal, os Acordos Coletivos que temos realizado sobrepondo-se às Medidas Provisórias são o passo necessário nesse momento de pandemia. 

No serviço público nossa luta, seja na saúde, na Previdência, na assistência social, no saneamento, na educação, nos Correios, tem duas frentes fundamentais: garantir aos trabalhadores nas atividades essenciais condições de trabalho para se protegerem e o atendimento à população trabalhadora, como também garantir a quarentena e os direitos dos trabalhadores das demais atividades.

A luta urgente é a defesa da vida do conjunto da nossa classe: aos trabalhadores que estão empregados, a luta para garantir a quarentena nas atividades não essenciais com preservação dos direitos, dos salários e empregos, para os que estão nas atividades essenciais desse momento, a garantia de condições de trabalho, dos salários que sofreram congelamento na votação do Senado no início de maio. 

Para os trabalhadores desempregados e na informalidade a garantia de acesso ao auxilio emergencial e proteção, pois a tentativa de receber o auxílio se tornou mais uma agressão à vida dos trabalhadores, seja para os que estão nas filas gigantescas, seja para os bancários que atendem a população. As filas que colocam milhares na mira do vírus têm a digital desse governo que burocratizou e centralizou o pagamento do auxílio emergencial na Caixa ao invés de descentralizar o pagamento.

O 1º de Maio realizado pela Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora e pela Conlutas foi marcado por essa luta, dos que estão na trincheira da defesa dos direitos da classe trabalhadora. Um 1º de Maio que contou com a participação dos Sindicatos de luta, pelo movimento estudantil que se reconhece na classe e sabem que são trabalhadores em formação, por Organizações dos Trabalhadores que não se renderam à conciliação com os inimigos da classe trabalhadora.

A luta é durante a pandemia e todos os dias: agora o momento é de pressão para exigir o devido isolamento, garantindo os direitos dos trabalhadores, ao mesmo tempo é hora de organizar as ações que fortaleçam a organização de nossa luta em cada local de trabalho, estudo e moradia para enfrentar os ataques dos patrões e seus governos que vão se intensificar pós pandemia.