A história da classe trabalhadora é a história de suas lutas. Os direitos garantidos que temos hoje foram fruto da ação direta dos trabalhadores que enfrentaram os ataques do Capital e de seu Estado, não são concessões dos patrões e governos.
Há muito tempo atrás no coração do imperialismo, trabalhadores se colocaram em movimento e realizaram várias manifestações que resultaram numa greve geral.
No ano de 1886 na cidade de Chicago trabalhadores entram em luta pela redução da jornada de 13 para 8 horas e por melhores condições de trabalho. Nesse período mulheres tinham seus filhos dentro das fabricas e crianças trabalhavam em máquinas maiores que seus pequeninos corpos.
A repressão do Estado rapidamente é acionada e a Policia mata e fere centenas de trabalhadores durante as greves. Além disso, trabalhadores que se tornaram referencia no enfrentamento contra os patrões e o governo e lideraram importantes manifestações são presos e condenados a morte.
Os EUA já naquela época utilizavam-se da força de trabalho imigrante como forma de aumentar ainda mais a exploração. Eram alemães, russos, búlgaros, poloneses que viviam em situação de extrema miséria e morriam seja de fome, seja pelas péssimas condições de trabalho ou então através das balas do Estado.
Uma das principais palavras de ordem nas manifestações de Chicago mostram a duríssima situação a que estavam submetidos os trabalhadores: “ Pão ou sangue”.
Os EUA, coração do sistema capitalista até hoje tenta ocultar essa intensa luta dos trabalhadores, que atravessou as fronteiras das nações e se transformou numa data internacional de luta da classe trabalhadora. Até hoje lá o Capital e seus governos tratam o 1˚de Maio como um dia normal de trabalho e é dessa forma que se referem à data, é o dia “do trabalho” e não da luta dos trabalhadores.
A CLASSE TRABALHADORA NO MUNDO SEGUE RESISTINDO E LUTANDO
Anos se passaram muitos direitos foram garantidos através da coragem e da luta de nossa classe, mas a exploração segue. Se hoje a jornada não é mais de 13, 14 horas existem as horas extras, o banco de horas e tantas outras formas de flexibilização da jornada. Crianças ainda trabalham, o processo de trabalho segue matando seja lentamente com as doenças ou através dos acidentes que aumentam a cada dia.
Os patrões avançam contra os direitos e os salários como forma de superar sua crise, para diminuir o preço da força de trabalho e retomarem seus lucros.
OS MEDIADORES DOS INTERESSES DO CAPITAL TENTAM TRANSFORMAR O 1˚ DE MAIO EM DIA DE FESTA E CONCILIAÇÃO
Infelizmente há alguns anos instrumentos que nasceram com a classe trabalhadora e hoje se transformaram em seu contrario como a CUT, abriram mão de organizar as manifestações de luta do 1˚de Maio. Ao invés da luta, muita festa, sorteio de prêmios financiados pelos patrões como Embraer, Votorantim, Vale entre outras e pelo governo Lula através da Petrobras, Banco do Brasil etc.
As empresas demitem, arrocham salários,impõe péssimas condições de trabalho e financiam a festa da Central que deveria estar junto com os trabalhadores, mas há muito tempo trabalha pelos interesses dos patrões, contra a classe trabalhadora.
A CUT hoje apenas disputa com a Força Sindical (central criada nos escritórios de RH das empresas, para cumprir o papel de impedir a luta dos trabalhadores) quem reúne mais multidão nos shows promovidos pelas duas centrais. Mas existem outras que embora menores cumprem o mesmo desserviço; CTB, UGT, Nova Central entre outras também tentam ocultar o significado dessa data com festas e sorteios.
COMEMORAM O QUE?
As centrais que hoje tentam transformar o 1˚ de Maio num dia de festa, comemoram certamente o pacto com o Capital que há tempos vêm fazendo. Acordos de redução salarial e de direitos, aceitação do banco de horas e outras formas de flexibilização da jornada, campanhas salariais em que aceitam as migalhas oferecidas pelos patrões. São as mesmas centrais que apóiam cegamente todas as medidas do governo Lula que atacaram os trabalhadores. Infelizmente seus atos no 1˚ de Maio servem para coroar essa aliança cruel contra a nossa classe.
A INTERSINDICAL ESTARÁ NOS LOCAIS DE TRABALHO, MORADIA E ESTUDO ORGANIZANDO AS MANIFESTAÇÕES DO 1˚ DE MAIO
E também participará dos atos em unidade com as organizações que não sucumbiram à parceira com os patrões e governos.
A Intersindical a exemplo do que fizemos no 8 de Março organizará as manifestações do 1˚ de Maio a partir dos locais de trabalho, moradia e estudo onde se dá o enfrentamento direito contra os patrões e o governo.
Nossa ação em cada região onde estamos passará por assembléias, panfletagens, mobilizações nas mais diversas categorias, afirmando o caráter de classe dessa data que é um patrimônio da luta da classe trabalhadora.
Também estaremos construindo em conjunto com as organizações que não sucumbiram às festas bancadas pelos patrões e pelo governo, ATOS DE LUTA DO 1˚de MAIO.
Por nossos companheiros que tombaram na luta para que direitos fossem garantidos, por nossa geração que se mantém em movimento, pela futura geração de mulheres e homens trabalhadores continuamos a luta:
- NENHUM DIREITO A MENOS, PARA AVANÇAR NAS CONQUISTAS
- REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO SALARIAL
- AUMENTO REAL NOS SALARIOS E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
- PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. E POR AUMENTO REAL NAS APOSENTADORIAS
- REFORMA AGRARIA E URBANA SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES
- SAÚDE, EDUCAÇÃO, PREVIDENCIA, SANEAMENTO PUBLICO E DE QUALIDADE
- ROMPER AS CERCAS DAS NAÇÕES E CONSTRUIR A LUTA INTERNACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA: EM DEFESA DAS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO CUBANA, SOLIDARIEDADE ATIVA AOS TRABALHADORES NO HAITI, PALESTINA E A TODOS AQUELES QUE LUTAM POR SUA AUTO-DETERMINAÇÃO E CONTRA O CAPITAL.
- DAS AÇÕES COTIDIANAS, A LUTA POR UMA SOCIEDADE SEM EXPLORADOS E EXPLORADORES, UMA SOCIEDADE SOCIALISTA.