Cobrança para utilização do SUS e mensalidades nas Universidades públicas defendida pelos militares é a face escancarada do que quer o governo genocida de Bolsonaro: acabar com os serviços públicos e transformá-los em mercadoria para o Capital

Num documento lançado ao final de maio, militares defendem a cobrança de serviços prestados pelo SUS a quem recebe mais do que três salários-mínimos e também a cobrança de mensalidades nas Universidades públicas. Ou seja, defendem que os trabalhadores que não conseguem nem colocar a comida necessária na mesa por conta de tanto arrocho salarial não tenham mais acesso à atendimento.

O projeto elaborado por institutos criados pelos saudosos da ditadura militar financiada pela burguesia, é mais um exemplo que os agentes da repressão no Estado estão a serviço de atender as demandas do Capital, querem exterminar os direitos sociais e trabalhistas que a classe trabalhadora garantiu através de muita luta.

No documento que defendem acabar com o SUS como sistema universal e gratuito de atendimento à saúde e com o acesso às Universidades públicas, os militares defendem que na estrutura do Estado se aprofundem as ações para garantir melhores condição ao Capital explorar e alienar a classe trabalhadora; é isso que significa seu “Projeto de Nação, uma nação conservadora e liberal”.

São os mesmos militares saudosos da ditadura que torturou, exilou e matou trabalhadores, jovens estudantes que lutavam por melhores condições de vida e trabalho.

São os que se inscrevem para tentar aprimorar formas de entregar para o Capital, tudo que é público e que pode se tornar mercadoria fonte de lucros. Sejam serviços públicos como o SUS, as Universidades Públicas indo do alimento, remédio às armas, para o Capital o que importa é produção de mercadorias para ampliar seus lucros, se alimento, remédio ou armas, bastam que sejam mercadorias rentáveis, lá estará o Capital para aniquilar vidas seja pela fome, seja pela bala.

São os que recentemente não conseguiram justificar a injustificável compra de medicamentos para disfunção erétil e próteses penianas para o Exército com gastos de milhões aos cofres públicos.

São os mesmos que protegidos pelo governo Bolsonaro passaram ilesos pela reforma da Previdência de 2019, são o que seguem protegidos por esse governo miliciano que defendem a repressão contra os que lutam por sua sobrevivência, por melhores condições de vida e trabalho, a classe trabalhadora.