No início de julho o trabalhador haitiano Djimy Coesmeus, funcionário na BRF em Chapecó/SC foi agredido pela segurança privada da empresa, em mais uma demonstração da violência do Capital que se aproveita do racismo e da xenofobia para ampliar a repressão e a exploração ao conjunto da classe
Djimy é um imigrante, um trabalhador negro, sua força de trabalho é utilizada por uma das maiores indústrias do setor de alimentação no Brasil que impõe uma jornada alucinante em condições de extrema precariedade, o que faz com que a direção da BRF ao mesmo tempo em que se farta com os lucros vindos da intensa produção feita pelos trabalhadores, produza mais dor e adoecimento. Nas linhas de produção da BRF um frango é desossado em segundos em temperaturas extremamente baixas, o que tem por consequência o adoecimento da maioria dos trabalhadores.
A direção da BRF tenta se desvincular da agressão produzida por ela mesma: no dia em que o trabalhador foi agredido por vários seguranças da empresa, pouco antes ele recebeu uma advertência do supervisor que alegava que ele tinha faltado ao trabalho, ou seja, é uma agressão atrás da outra; advertência para retirar ainda mais do salário do trabalhador, violência física para tentar impor o terror ao conjunto dos trabalhadores e assim ampliar ainda mais a exploração.
A direção da BRF para tentar esconder sua violência emitiu nota dizendo que afastou os seguranças e afastou o supervisor que impôs a advertência e o maior absurdo afastou também o trabalhador que foi vítima dessa brutal violência patrocinada pela empresa.
O Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias de Carnes, o Sintracarnes em Chapecó/SC está organizando manifestação contra mais essa violência patronal contra os trabalhadores, mais do que solidários, nos somamos à luta que exige punição a mais esse ataque patronal. Necessário se faz avançar na luta do conjunto da classe trabalhadora, enfrentando todas as formas de ataque do Capital que se utiliza do racismo e da xenofobia com o objetivo de atacar a todos os trabalhadores.
Contra a violência do capital, a força da unidade e da luta da classe trabalhadora que atravessa a cor e as nações.