No Distrito Federal, um burguês tenta arrancar o ganha pão de uma trabalhadora e a arrasta pelo asfalto. A Polícia Militar em São Paulo espanca um casal que estaciona seu carrinho de recicláveis na frente de um supermercado

No dia 15 de junho, uma trabalhadora de 63 anos que trabalha como diarista na cidade de Taguatinga/ DF, foi arrastada por uma Mercedes Benz em mais de 100 metros, por um casal que se recusou a pagar pelos balões de festa que essa trabalhadora vendia para garantir o sustento de si e dos seus.

A trabalhadora vendia balões perto de uma escola particular onde acontecia uma festa junina frequentada por aqueles que não precisam pegar no pesado para garantir seu sustento.

O casal que botou o rosto e o corpo dessa trabalhadora para ser ferido no asfalto, como o governo Bolsonaro, se acha acima de tudo e de todos.

O casal se recusou a pagar o valor dos balões que a trabalhadora vendia, destruíram a mercadoria de seu trabalho, a feriram e como burgueses que são, fugiram do crime que cometeram. Depois, no depoimento na Delegacia, o homem que dirigia a Mercedes vomitou sua hipocrisia, dizendo que o que fez, foi apenas “uma brincadeira”. Que brincadeira essa que agride e arrasta o corpo de uma trabalhadora de 63 anos pelo asfalto? Que brincadeira é essa onde quem está se protege num carro de luxo se sente no direito de arrastar pelo asfalto uma trabalhadora?

No mesmo dia, no estado de São Paulo, policiais militares espancaram um casal de catadores de lixo recicláveis, simplesmente porque eles estacionaram sua carroça em frente a um supermercado, o ato dos catadores incomodou um dos clientes do estabelecimento. Ver a miséria, incomoda aqueles que se beneficiam dela e a repressão do Estado está sempre pronta para agredir trabalhadores, os mais pobres que são as principais vítimas dessa sociedade de exploração.

Fatos covardes e cruéis como esses que aconteceram no Distrito Federal e em São Paulo escancaram cada vez mais, esse momento em que vivemos no Brasil, sob um governo que estimula o ódio contra os pobres e quer exterminar os diretos da classe trabalhadora.

Nesse mesmo período, Bolsonaro tenta emplacar seu decreto de armar ainda mais aqueles que detêm a riqueza e querem sair matando os pobres e como alguém que se acha acima de tudo e de todos, editou mais uma Medida Provisória, no dia 19 de junho, em que coloca nas mãos dos ruralistas, a demarcação das terras indígenas, o que escancara que seu objetivo é exterminar com a vida daqueles que há séculos estão sendo perseguidos pela colonização e principalmente pela ganância do Capital.

O projeto desse governo, tem por objetivo beneficiar os ricos e seus satélites que ao terem um carro de luxo se acham no direito de arrastar pelo asfalto, uma trabalhadora, aqueles que se acham no direito de não ter que enxergar na porta de um supermercado, a miséria provocada por essa sociedade de classes.

Não ser indiferente a essa violência e lutar contra os ataques desse governo servil a burguesia, é lutar em defesa da vida da classe trabalhadora.