A quem interessa a crise na Venezuela? Por que o governo dos EUA e seus aliados como o recém governo de Bolsonaro querem tanto que Juan Guaidó tome a presidência do país?
A principal atividade econômica da Venezuela é a exploração do petróleo, no país está uma das maiores reservas de petróleo do mundo, aproximadamente 300 bilhões de barris. As reservas de petróleo na Venezuela são muito maiores do que as reservas dos EUA que exportam petróleo de qualidade ruim e impõe guerras e invasões em outros países para ter o monopólio da importação desse recurso natural fundamental para o Capital espalhar suas mercadorias pelo mundo afora e em tempos de crises também usar desse recurso para turbinar sua indústria bélica. É assim que o Capital saí de suas crises periódicas, queimando direitos, salários, empregos e também vidas, é para isso servem as guerras no Capitalismo.
É isso que move o centro do sistema capitalista e seus capachos a tentar a todo custo trocar quem senta na cadeira de presidente na Venezuela e se aproveitam do desemprego e da miséria para tentar impor um governo completamente servil aos seus interesses.
A queda do preço do petróleo foi determinante para a crise na Venezuela, uma crise provocada pelo Capital em que as indústrias multinacionais e seus governos se aproveitam para alavancar seus lucros e quem paga por isso são os trabalhadores e o conjunto da população que sofrem com a falta de atendimento básico a saúde e a alimentação.
O governo de Nicolás Maduro tenta se proteger no aparato do Estado e entre o discurso de combate ao imperialismo a ações que de fato enfrentem o cerco imposto pelos EUA e seus aliados, há um abismo e a consequência disso quem sofre é a maioria da população trabalhadora.
Os ricos se aproveitam da miséria que atinge a maioria da população para uma nova rodada de exploração, junto aos governos, os meios de comunicação do Capital espalham pelo mundo afora a sua versão do que acontece na Venezuela, o resultado disso é mais sofrimento e violência contra os trabalhadores.
A fronteira do Brasil com a Venezuela é mais um retrato vivo disso, trabalhadores, mulheres e homens e seus filhos ao tentar buscar a sobrevivência são tratados como intrusos ao entrar no Brasil. Uma violência do Capital que não se dá através das armas, mas na alienação do ser humano, alimentada pela desinformação, pelo desemprego e a miséria que se impõe também no Brasil.
A maioria da população trabalhadora na Venezuela está lutando por moradia, alimentação, saúde, trabalho. Milhares ocupam as ruas não fazendo coro com as manifestações financiadas pelos EUA e seus aliados que escolheram Guaidó como seu novo fantoche. Manifestações que não são transmitidas pelos meios de comunicação do Capital reúnem milhares que estão em movimento contra a tentativa de intervenção na Venezuela. Não estão em movimento defendendo o governo de Maduro, estão em luta defendendo sua dignidade, sua vida.
É preciso ver além das imagens que o Capital autoriza que sejam publicadas, só assim é possível enxergar que aqueles que tanto querem uma intervenção, inclusive militar na Venezuela não estão nem um pouco preocupados com quem sofre as consequências dessa crise que impõe fome e desalento, estão preocupados em se aproveitar da crise para ampliar suas riquezas.
POR TUDO ISSO É PRECISO SOLIDARIEDADE ATIVA AOS TRABALHADORES VENEZUELANOS EM LUTA CONTRA A INTERVENÇÃO IMPERIALISTA, SOLIDARIEDADE À LUTA POR DIREITOS, DIGNIDADE E VIDA.