[Trabalhadores Bancários de SP e região] Oposição SP – Retomada: É preciso retomar a luta na Caixa Econômica Federal

 

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Os balanços divulgados pela Caixa Econômica Federal (CEF) em relação ao primeiro semestre de 2016 comprovam: foi a pressão e arrocho em cima do trabalhador na Caixa que garantiu o ótimo resultado do Banco. A redução de trabalhadores através dos planos de aposentadoria contribuiram com o resultado. As reestruturações que extinguiram funções causando grande transtorno na vida  de milhares de trabalhadores também contribuíram com esse resultado de 2.4 bilhões apresentado. O gasto com pessoal, desde o primeiro semestre de 2015, teve uma redução de 4.34% (cresceu apenas 4.5% ante uma inflação de 8.84%). Em outras palavras a Caixa está gastando menos com os trabalhadores para conseguir lucrar mais!!

O anseio por reduzir o trabalho direto nas agências, limitando a entrada da classe trabalhadora e o desastroso processo de digitalização da seguem na mesma linha: reduzir o pessoal e precarizar o que sobrar. Além dos PAAs (Plataforma como Serviço) e reestruturações os ataques vêm de todos os lados. com a tática de “dividir para conquistar”. O banco tem ido pra cima de garantias e direitos históricos dos trabalhadores na Caixa. O famigerado RH 184 de um só golpe extinguiu a função de caixa, tornando obrigatória a utilização do caixa-minuto para suprir a demanda das agências, instaurando a opção desse tipo de precarização para tesoureiros e avaliadores de penhor.Além disso o banco revogou o adicional por insalubridade dos avaliadores de penhor, ignorando completamente os riscos da função. A Caixa impôs também a extinção da possibilidade de incorporação de função gratificada, deixando ao cargo dos abutres da matriz a decisão. Aquilo é um direito se torna uma regalia a ser concedida.Por outro lado se generalizou a dispensa de função sem incorporação ao salário, através da chamada “dispensa por perda de confiança”, abrindo espaço para abusos por parte dos gestores, como um instrumento perfeito para ameaçar os trabalhadores.

A anunciada privatização de setores estratégicos do banco comprova que o atual governo Temer segue aprofundando o projeto já em andamento no governo Dilma de garantir os interesses do Capital. A atual gestão do Sindicato dos Bancários de São Paulo era amigo do governo anterior e diz ser contra o atual, mas se a campanha for como os tais “dias de luta” de mentira, nada podemos esperar. Temos apenas uma certeza: ou retomamos a luta e fazemos uma forte greve a partir da base ou a atual gestão do sindicato nós conduzirá a outra derrota, dessa vez com ainda mais a perder!