Com um corte orçamentário imposto pelo Governo, a Gerência Executiva do INSS em Campinas encontrou a solução para cumprir a meta de redução de gastos: precarizar ainda mais o atendimento à população na cidade. Segundo a Gerência, o plano será fechar a Agência Amoreiras e realocar os servidores na Agência Centro e em uma unidade que será aberta na cidade de Paulínia, onde a prefeitura daquele município se dispôs a ceder um imóvel ao INSS bem como arcar com os custos de funcionamento da unidade.
Somos totalmente favoráveis a ampliação da rede de atendimento à população e neste sentido é de suma importância a abertura de uma Agência do INSS na cidade de Paulínia. Porém, não se pode vender o almoço para pagar o jantar. Nas atuais condições a abertura da APS em Paulínia é um mero engôdo, pois trata-se apenas do fechamento de uma agência para ser reaberta em outro lugar.
E para a administração do INSS pouco importa se a Região Sudoeste, uma das mais populosas de Campinas, ficará sem atendimento. Apenas avaliam que o serviço prestado à população tem um custo e que o órgão não estaria mais disposto a fornecer o serviço, como se o objetivo do serviço público não fosse prestar atendimento à população e sim gerar lucro. Além do desemprego, retirada de direitos, a crise afeta também os trabalhadores com a precarização dos serviços públicos, seja na saúde com atendimento cada vez mais precário, fechamento de escolas e agora com o fechamento de uma das agências do INSS. No momento da crise, o governo, como balcão de negócios de empresários e banqueiros, não poupa esforços em passar a conta da crise para o conjunto da sociedade.
Como já é de praxe na administração do INSS tudo é feito por baixo do pano para não causar indignação. Do dia para noite decidem fechar uma unidade de atendimento sem nem ao menos consultar a população, centros comunitários, sindicatos, e outros órgãos públicos. A população da Região Sudoeste de Campinas corre o risco de chegar na Agência e encontrar as portas fechadas.
Para justificar o fechamento da unidade das Amoreiras, ao longo dos anos, a administração do INSS deliberadamente tratou com total descaso as condições de trabalho. A agência funciona em um galpão adaptado sem climatização ou iluminação adequados. Além disso, a unidade foi perdendo funcionários e não houve novas contratações. Ou seja, a própria administração cria uma situação de precarização para depois justificar o fechamento dizendo que a agência é inviável.
Assim como a população da região, os trabalhadores da Agência Amoreiras sequer foram consultados. Apenas terão a opção de ir para Agência do Centro de Campinas com o horário de trabalho que for imposto pelo INSS ou terão que ir pra Agência Paulínia.
A Regional do Sinsprev em Campinas defende o fortalecimento dos serviços públicos bem como a ampliação da rede de atendimento do INSS e a realização de concurso público para a contratação de trabalhadores em número suficiente para prestar um atendimento digno à população. Entendemos que o fortalecimento do serviço público é essencial para o fortalecimento e valorização da carreira do Seguro Social. Essa foi a principal pauta da nossa greve: denunciar a precarização das condições de trabalho do INSS e o sucateamento do atendimento. O governo diz que precisa poupar recursos para sair da crise, mas faz isso não poupando esforços para retirar direitos dos trabalhadores e piorar ainda mais a situação dos serviços públicos.
ATO DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO
DIA 28/10 – 08:00 hs
Local: Agência do INSS Amoreiras – Rua Ruy Rodrigues 714 – Jardim Novo Campos Elíseos – Campinas