A Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), empresa pública que atua nas áreas de obras de mobilidade, urbanização, habitação e saneamento, vem, a cada ano que passa, sofrendo com a intensificação do seu processo de deteriorização proposital por parte do estado. Situação esta que pode ser observada com os seguintes fatos:
– Precarização das condições de trabalho (falta de equipamentos básicos e instalações de suporte inexistentes ou sucateadas);
– Ausência completa de perspectiva profissional/Plano de Cargos;
– Transformação da empresa em cabide de empregos em que a quase totalidade das indicações obedecem critérios meramente políticos ou familiares e que resulta na catastrófica proporção de quase 1 cargo comissionado (vulgo ‘cargos de confiança’ – 276) para cada 1,5 funcionários do quadro (420), consumindo milhões de reais mensalmente;
– Desrespeito da legislação em diversos aspectos, como na criação de diretorias para abrigar apadrinhados políticos;
– Utilização da empresa como veículo de propaganda do governo;
– Não convocação de pessoas aprovadas em concurso público;
– “Explosão” da terceirização (inclusive em atividades fins) em todos os setores da empresa.
O quadro está agravado pela pífia proposta de reajuste salarial (abaixo até mesmo da inflação oficial e dividida em duas parcelas, sem retroatividade a data base em maio) e pelo congelamento total dos demais benefícios (como alimentação, transporte, creche, etc). Cansados com tudo isso os trabalhadores da Conder, após uma série de tentativas de negociações, paralisações e atos, decidiram, por unanimidade, a deflagração de uma greve por tempo indeterminado a partir desta terça, dia 21 de julho de 2015.
Sabemos que o Estado, que atua como comitê central da burguesia, utiliza o seu aparato para garantir que os patrões continuem explorando os trabalhadores, seja como incentivador, oferecendo subsídios ou protegendo os negócios burgueses através dos seus braços armados, como a polícia. E que sempre tentará transferir os custos das crises econômicas que o próprio capital cria para as costas da classe trabalhadora: os patrões que paguem pelas crises que criam!
Nós da INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA, entendemos que só através da luta organizada a classe trabalhadora conseguirá manter seus direitos e avançar em novas conquistas.
Firmes!