MATAM TRABALHADORES E CRIANÇAS
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1 de dezembro de 2012
E o Estado tenta reduzir simplesmente em aumento da criminalidade.
Desde outubro a dura realidade de quem mora na periferia e na região metropolitana de São Paulo tem ganhado os noticiários, porque os números oficiais de assassinatos aumentaram de maneira significativa.
Os meios de comunicação tentam ser os porta-vozes do Estado, simplifica e justifica as chacinas e execuções bem ao gosto dos esquadrões da morte, como uma ação das facções do crime organizado, uma guerra entre bandidos e a policia militar que o governo tenta transformar nos “mocinhos” como se assistíssemos a um faroeste urbano.
A maioria que está morrendo são trabalhadores, jovens e crianças. Não tinham nada a ver com o crime, não tinham nada a ver com a Polícia, essa que se acha no direito de matar quem está desarmado, imobilizado e sem nenhuma chance de defesa.
Nos matam através das péssimas condições de trabalho, nos matam na pobreza extrema e nos matam por morarmos nos lugares mais distantes, mais precários, onde existe pouco ou nada do que se pode chamar de serviços públicos como saúde, educação saneamento e segurança.
Mais do que denunciar é preciso no cotidiano das nossas lutas exigir punição à omissão e à conivência do Estado.
Lutar para não permitir que os que se escondem atrás dos uniformes oficiais, se achem detentores do direito à vida da população trabalhadora.
Não permitir que esses jovens, crianças e trabalhadores se transformem apenas em números esquecidos da memória coletiva.