“O METALÚRGICO” – CAMPANHA SALARIAL DOS “METAL” DA BAIXADA SANTISTA

A direção da Usiminas tentou conter a revolta dos/as trabalhadores/as para tentar impor uma merreca de reajuste e junto a isso, manter o ritmo alucinante de trabalho, as dobras na jornada e as péssimas condições de trabalho. Mas os trabalhadores, tanto na Usiminas como na Usimec, colocaram a revolta em movimento: na terça passada os/as companheiros, na primeira hora da manhã, demonstraram firmeza para enfrentar a pressão da empresa e pararam a produção.

A direção da empresa desviou os ônibus do turno C, se utilizou da repressão policial, tudo com o objetivo de acabar com a paralisação e normalizar a produção. Mas não conseguiu, não foram poucos os companheiros desse turno que também se somaram à paralisação.

No dia seguinte a usina intensificou o ataque e a repressão policial, mas mesmo assim os trabalhadores se mantiveram firmes e na assembleia realizada na quinta-feira no Sindicato decidiram manter o estado de greve e esperar a negociação que aconteceu no inicio dessa semana.

A PROPOSTA APRESENTADA PELA USIMINAS, FOI APROVADA PELOS COMPANHEIROS QUE PARTICIPARAM DA ASSEMBLEIA HOJE PELA MANHÃ.

O avanço que houve na negociação foi fruto direto da nossa mobilização, mas a proposta aprovada ainda não garante o conjunto de nossas reivindicações. A empresa apresentou como reajuste a

reposição do INPC, ou seja, 4,88% e aumentou a proposta de abono de R$ 300,00 para R$ 1.300,00.

O Sindicato se colocou contra a proposta, pois mesmo havendo um avanço na proposta do abono e isso fruto da nossa mobilização, ele não resolve a vida de ninguém: o abono é uma ilusão, pois as dívidas são tantas que ele mal entra na conta e já saí. Além disso, esse valor não é incorporado ao salário, ou seja, não vai refletir no FGTS, nas férias, no 13º. Não podemos permitir que essa moda pegue, pois interessa aos patrões não garantir aumento real nos salários,
pagando abono.

VEJA A PROPOSTA APROVADA NA ASSEMBLEIA DE HOJE PELA MANHÃjunho1

  • 4,88% de reajuste
  • R$ 1.300,00 de abono
  • Auxilio creche era de 24 meses, vai para 48 meses com teto de R$ 350,00
  • Não serão descontadas as horas paradas
  • Todas as Cláusulas Sociais do Acordo Coletivo se mantém.

 

 

 

 

MESMO COM APROVAÇÃO DO ACORDO DE REAJUSTE DA CAMPANHA SALARIAL, NOSSA LUTA CONTINUA: A PARALISAÇÃO MOSTROU QUE ESSE É O CAMINHO: VAMOS CONTINUAR JUNTOS E FIRMES PARA AVANÇAR EM NOSSOS DIREITOS, EXIGIR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E RETOMAR IMEDIATAMENTE A LUTA SOBRE OS LAUDOS AMBIENTAIS.

Trabalhadores na USIMEC reprovam proposta da empresa e a mobilização continua

Na manhã de hoje, os trabalhadores/as na Usimec reprovaram a proposta apresentada pela empresa de 4,88% e R$ 650,00 de abono. Além disso, decidiram manter a mobilização para garantir as reivindicações. Decidiram também como prazo máximo, o início da semana que vem para que a
direção da Usimec apresente nova proposta e caso não haja avanço, a paralisação será retomada.
Esse é o caminho, com a mesma garra que pararam a produção na semana passada, os companheiros/as estão firmes para seguir a mobilização.

Nas metalúrgicas a greve continua

No início dessa semana os trabalhadores na empresa J.L.A. SAIDEL/USIMON, entraram em greve para garantir as reivindicações
da campanha salarial. Desde segunda-feira(04), a produção está parada e os companheiros estão firmes na luta por aumento salarial.
Na próxima semana as paralisações vão se ampliar nas empresas metalúrgicas. A resposta dos trabalhadores para a enrolação e a provocação dos patrões é a firmeza e a unidade para lutar.

AS MOBILIZAÇÕES DA CAMPANHA SALARIAL DEMONSTRAM A
FIRMEZA DA CATEGORIA JUNTO COM SEU SINDICATO

São várias reuniões e assembleias que estão acontecendo no Sindicato e, em cada uma delas, a participação da categoria se amplia.
Dentro da usina os trabalhadores, juntos com os companheiros que são da direção do Sindicato, têm ampliado sua organização e a paralisação da semana passada é um exemplo disso.

Diferente de tempos atrás quando os pelegos da CUT estavam no Sindicato para atender os interesses dos patrões e empurravam goela abaixo as propostas das empresas que reduziram direitos da categoria. Mas isso mudou a partir de 2006, pois a categoria, além de derrotar a pelegada, está junto com a direção do Sindicato que tem organizado a luta e enfrentado os ataques dos patrões, exemplo disso é que já recuperamos direitos como na Usiminas a estabilidade pré aposentadoria e os 20 dias no retorno de férias.