Em assembleia, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), mais de dois mil trabalhadores, aprovaram por unanimidade a manutenção da greve da categoria, e diante da intransigência do SINDUCSON-CE, a prioridade passa a ser o fechamento de acordo por “Por Empresa”.
Informamos que as primeiras construtoras já entraram em contato com o sindicato e acordos de compensação dos dias parados foram fechados. Nestas empresas, a categoria deliberou pela volta ao trabalho.
Reafirmamos que o sindicato dos trabalhadores sempre esteve aberto à negociação e que praticamente todas as nossas reivindicações já foram conquistadas e acordadas com o sindicato patronal, restando ao mesmo diminuir a sua ganância e proceder a assinatura da Convenção Coletiva de trabalho.
O motivo que leva os trabalhadores a manter a greve é a postura de arrogância, intransigência e a provocação do SINDUSCON-CE que passou a exigir, de nossa entidade sindical a assinatura de um “acordo” autorizando o desconto de todos os dias da greve.
Diante deste impasse, uma parte das construtoras, descontou dos salários dos operários, os respectivos dias. São pais e mães de família que ganham R$ 622,00 por mês, e que em alguns casos acabaram recebendo menos de dois Reais de salário.
Operários em luta por melhores condições de vida e de trabalho, condenados pelos donos do poder, a despejo e falta de comida. Mesmo assim, em grandes lições de solidariedade, união e vontade de mudança, esses mesmos operários seguem determinados em luta.
Ao contrário da postura dos patrões e da Justiça do Trabalho, que ordenou o bloqueio de R$ 200 mil Reais das contas do STICCRMF, e da criminalização sofrida pelo nosso movimento, nossa entidade com o apoio solidário do movimento sindical, realizou a distribuição de duas mil cestas-básicas para a categoria.
Aos familiares de nossos companheiros em greve, pedimos que fiquem firmes e continuem acreditando na força de nossa luta. Seguiremos enfrentando os patrões, a injustiça, a falta de envolvimento dos governantes e, apoiados na solidariedade de todos os que vivem do seu trabalho, alcançaremos a vitória.