Em defesa da vida e da saúde dos trabalhadores metalúrgicos atrasam a produção

Os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas, Limeira e Santos que constroem a Intersindical e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos iniciaram nessa semana mobilizações em defesa da saúde dos trabalhadores e exigindo melhores condições de trabalho.

No dia de ontem na Usiminas em Cubatão a paralisação reuniu mais de 6 mil trabalhadores e atrasou a produção em 3 horas. Desde a privatização da Cosipa em 93 até esse mês são 52 trabalhadores que perderam a vida dentro da Siderúrgica por conta das péssimas condições de trabalho impostas pela direção da empresa.

Hoje na região de Campinas, os trabalhadores na Toyota e Mahle (Indaiatuba), Magnetti Marelli e Mabe (Hortolândia) também cruzaram os braços e realizaram assembléias com atraso na produção que tem como objetivo além de denunciar as péssimas condições de trabalho que fazem aumentar o número de doenças e mortes, exigir mudanças no processo de produção para proteger a vida e a saúde dos trabalhadores.

Fruto da lutas dos metalúrgicos nas regiões desses 4 Sindicatos, desde 97 conseguimos manter na Convenção Coletiva de Trabalho a clausula que garante estabilidade no emprego a todo/as trabalhador/a vitima de acidente ou doença provocada pelo trabalho que tenha deixado seqüela permanente.

Nossa luta também é contra as medidas do governo federal que a cada dia criam mais dificuldades para caracterização dos acidentes e doenças provocadas pelo trabalho, fazem isso para ajudar os patrões a demitir os trabalhadores lesionados. Os atos administrativos e as pericias do INSS há anos dificultam ao máximo a caracterização dos acidentes e doenças e o tratamento através da inversão de códigos de beneficio e da alta programada. Ou seja, o trabalhador por muitas vezes retorna sem condição nenhuma para o trabalho e, além disso, sem a devida caracterização do acidente ou da doença.

As manifestações seguem no dia de hoje e também na próxima semana, na segunda-feira as mobilizações acontecem em fabricas da região de Limeira e também em São José dos Campos.
As mobilizações dos metalúrgicos são um exemplo que contra os ataques do Capital que mutila, adoece e mata a resposta é a organização e luta do conjunto da classe trabalhadora.