A Intersindical um instrumento de luta e organização da Classe Trabalhadora, estará nos próximos dias 30 de março e 1◦ de Abril, nas manifestações contra as demissões, a redução salarial e a retirada de diretos, ações essas que o Capital tenta impor contra os trabalhadores para sair de sua crise.
Tanto o dia 30 de março, como o 1◦ de abril fazem parte da jornada internacional de luta, que terá manifestações na Europa, África, Ásia e América Latina. No Brasil infelizmente não possível construir uma plataforma única que levasse o conjunto do movimento sindical e popular para uma ação comum.
É justamente por conta da plataforma de reivindicações que não estaremos na atividade do dia 30 de março que se realiza em São Paulo tendo seu ponto máximo em frente ao Banco Central. A proposta de ato nesse formato sem a participação de fato dos trabalhadores e com uma pauta superficial foi o determinante para não estejamos nessa ação com a CUT, CTB, Nova Central, Força Sindical, Conlutas, UNE entre outras organizações.
O método e o conteúdo dessa manifestação demonstram claramente que essas organizações têm propostas distintas entre si e ao mesmo tempo superficiais para enfrentar os ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo.
As centrais sindicais como a Força Sindical, diz que em defesa do emprego e ao mesmo tempo faz campanha junto a FIESP defendendo acordos de redução salarial, CUT e CTB, por exemplo, nos discursos dizem serem contra a flexibilização da jornada e a redução de salários, mas na prática já homologaram diversos acordos em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, aceitando as imposições das empresas principalmente no setor metalúrgico.
Infelizmente outras organizações que não capitularam aos patrões, agora capitulam a um pretenso ato de unidade com essas organizações e a um programa rebaixado, como a uma mobilização descolada da classe. Ao invés de construir paralisações nos locais de trabalho, fazem coro com as centrais sindicais que apóiam os patrões e o governo, que têm como reivindicação principal a redução da taxa de juros.
As empresas que mais demitiram no País, receberam fartos recursos do governo Lula através de investimento via BNDES com os recursos do FAT.
As indústrias e não só os bancos bateram todos os recordes de lucro, graças à super exploração dos trabalhadores e aos imensos benefícios garantidos pelo governo federal.
Mas agora que suas taxas de lucro começam a despencar, precisam que mais uma vez o Estado se movimente como principal contratendencia em tempos de crise para o Capital.
Diante disso a Intersindical não participará do ato que se realiza na Av. Paulista no próximo dia 30.
Além da plataforma reduzida, essas organizações em nenhum momento tiveram acordo em combinar atos de praça e avenidas com a necessária mobilização a partir dos locais de trabalho.
Iremos denunciar as ações do governo Lula que tem colaborado cotidianamente com o Capital, mas muito mais importante do que isso estaremos realizando nos dias 30 de março e 1◦ de abril assembléias, paralisações e bloqueios de estrada junto à classe em seus locais de trabalho e moradia.
Entendemos que é dessa maneira que vamos começar a construir as condições necessárias para a Greve Geral no Brasil, a exemplo do que têm feito os trabalhadores na Europa em especial na França, que sofrem com as mesmas saídas que o Capital busca para se livrar de mais uma crise cíclica de super produção.
Para além das praças e avenidas é necessário estarmos em luta onde o Capital age contra a classe trabalhadora.
– POR NENHUM DIREITO A MENOS, AVANÇAR NAS CONQUISTAS
– CONTRA A REDUÇÃO DE SALARIOS E DIREITOS
– CONTRA A FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA, O BANCO DE HORAS E A SUSPENSÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO (como o lay-off)
– MEDIDA PROVISÓRIA DO GOVERNO GARANTINDO ESTABILIDADE NO EMPREGO.
– PELA REDUÇÃO DA JORNDA DE TRABALHO, SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS.
– AMPLIAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO PARA 2 ANOS E INSENÇÃO DE IMPOSTOS AOS DESEMPREGADOS.
– EM DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS : SAÚDE, PREVIDENCIA, EDUCAÇÃO, SANEAMENTO.
– REFORMA AGRARIA JÁ.
-EM DEFESA DA CAUSA PALESTINA.