DIAS QUE ESCANCARAM NOVAMENTE A VIOLÊNCIA QUE FERE E MATA MULHERES NUMA SOCIEDADE EM QUE O CAPITAL SE APROVEITA DO MACHISMO PARA APROFUNDAR A OPRESSÃO E A EXPLORAÇÃO

Entre o final do mês de novembro e início de dezembro, mais notícias que escancaram a violência de gênero, em que mulheres foram duramente agredidas e também mortas.

Em São Paulo, uma mulher foi atropelada e arrastada com o carro em movimento pelo criminoso que não se conformava com o fim da relação, ela teve as pernas amputadas, outra mulher pelo mesmo motivo levou vários tiros também em São Paulo e se encontra hospitalizada, no Rio de Janeiro, duas trabalhadoras no CEFET, órgão de educação foram assassinadas por um homem que trabalhava no mesmo órgão  em que elas, que logo após o crime, cometeu suicídio.

Todos esses crimes escancaram como essa sociedade capitalista segue se utilizando do patriarcado para ampliar a opressão que fere e mata e também dessa forma seguir mantendo a desigualdade imposta entre mulheres e homens.

Mais do que denunciar que esses crimes ocorrem num período em que todos os anos existem Campanhas pelo fim da violência contra as mulheres, contra o feminicídio, necessário se faz ampliar a luta por políticas públicas que protejam a vida das mulheres que seguem sendo alvos de mais violência e morte.

Garantir que nos currículos escolares se incluam de fato a formação que combata o machismo enraizado na sociedade e apropriado pelo Capital para aprofundar sua exploração ao conjunto da classe trabalhadora.

Romper com o patriarcado numa sociedade dividida em classes se faz necessário com ações concretas e não somente com notas e falas, em que se mostre que mulheres não são objetos ou propriedade de homens, que mulheres não são inferiores aos homens, que ser diferente, não significa ser desigual.

É necessário mostrar que a desigualdade imposta às mulheres serve para um sistema que se utiliza da opressão que vem antes do Capitalismo e é utilizado pelo mesmo para impor mais opressão às mulheres. É necessário mais do que falas ou postagens de indignação, movimento, ação para exigir medidas concretas para acabar com a violência, a matança e a impunidade desses crimes contra as mulheres, em que as maiores vítimas são as mulheres da classe trabalhadora.