20 DE NOVEMBRO: A LUTA E A RESISTÊNCIA CONTRA TODA FORMA DE RACISMO QUE FERE E MATA É TODO DIA

Em mais um 20 de novembro- Dia da Consciência Negra, é momento de ampliar a denúncia contra todas as formas de violência contra negros e negras que sofrem ainda mais opressão por sua origem social, por sua classe, ou seja, num sistema capitalista são as mulheres e homens negros trabalhadores e seus filhos os mais explorados e atacados.

Nesse mês de celebração das lutas e da resistência contra o racismo, mais ataques acontecem vindos do braço armado do Estado, dessa vez numa escola municipal de educação infantil na cidade de São Paulo.

Mais de dez policiais fortemente armados, até com metralhadoras invadiram a escola e coagiram professoras e demais trabalhadores por conta de um trabalho realizado com os alunos de conteúdo que faz parte do currículo pedagógico das escolas de São Paulo que tratam sobre a cultura afro-brasileira e indígena.

O trabalho realizado pelas crianças que provocou a ira de um pai racista que usa de sua farda para impor a violência do racismo institucionalizado tem relação com as religiões de matriz africana. Os relatos dos trabalhadores da escola mostram a violência e o racismo institucionalizado, com um policial militar rasgando os desenhos feitos pelas crianças que estavam expostos no mural da escola.

A ação do braço armado do Estado continua invadindo as periferias, comunidades pobres em que o alvo preferencial, são jovens, homens negros, que são agredidos e assassinados simplesmente por sua cor e condição social.

Com o hipócrita discurso de combate ao tráfico e à criminalidade os governos através do braço armado do Estado matam os trabalhadores negros e pobres nas favelas, morros, comunidades pobres, enquanto mantém impune a maior parte do crime organizado, que já chegou aos espaços símbolos do Capital, como nos grandes conglomerados de negócios da Faria Lima em São Paulo.

Para além do 20 de novembro é na luta do dia a dia, nos locais de trabalho, estudo e moradia que deve se enraizar o enfrentamento contra o racismo institucionalizado utilizado por esse sistema de morte que é o Capitalismo que oprime e explora ainda mais trabalhadoras e trabalhadoras negros para aprofundar o ataque ao conjunto da nossa classe. Por tudo isso a luta contra o racismo é uma do conjunto da classe trabalhadora contra a opressão e exploração impostas pelo Capital.