
COP 30 acontece no Brasil, na cidade de Belém-PA reunindo aproximadamente 190 países e com ausências dos mais poluentes do mundo, como os EUA, em que o governo de Donald Trump recusou a participação
A COP 30 reúne centenas de representantes do Capital que participam ativamente com o falso e hipócrita discurso de preocupação com a crise climática, com o aquecimento global, quando na realidade o que buscam é mais e melhores condições de exploração dos recursos minerais, atacando o meio ambiente e vida para concentrar cada vez mais lucros.
O governo Lula retórico, com a superficialidade de seus ministérios que de fato nada fazem para garantir as demandas urgentes da classe trabalhadora, continua subordinado aos interesses capitalistas.
Exemplo disso é a exploração de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial, sendo que a Foz do Amazonas é uma área próxima a comunidades tradicionais e com uma biodiversidade significativa, ou seja, mais ataques a vidas e aos recursos naturais.
Também a proposta de privatização das hidrovias através de concessões e leilões é uma forma de privatização até dos rios, como os rios Madeira, Tocantins e Tapajós, tudo com o objetivo de facilitar ainda mais a circulação das mercadorias do agronegócio enquanto ataca comunidades indígenas.
A taxação do carbono também nada mais é do que mais uma compensação financeira que em grande parte será subsidiada pelos Estados nacionais para as empresas que reduzam a emissão do poluente.
Enquanto a representação do Capital se utiliza da COP30 para se travestirem de defensores da Amazônia com a anuência do governo federal, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores rurais sofrem com a falta de demarcação de terras, com a violência do agronegócio, com péssimas condições de vida e trabalho.
Enquanto milhares ocupam a cidade de Belém no Pará e uma parte num turismo ecológico a maior parte da população trabalhadora sofre com ausência de políticas públicas básicas, como saneamento. Em Belém apenas 20% da população tem acesso à coleta de esgoto e no estado do Pará esse índice não chega a 8%. O resultado disso é mais adoecimento, sendo que em 2024, o Pará foi o estado da região Norte do país com o maior índice de internação hospitalar por problemas relacionados à falta de saneamento.
Não será uma COP, não serão Conferências deslocadas da dura realidade vivida por que aqueles que habitam e com muita dificuldade e coragem cuidam da Amazônia que resolverão a crise climática causada pela super exploração feita pelo sistema capitalista.
Somente a luta direta das comunidades originárias, somadas à luta fundamental do conjunto da classe trabalhadora é capaz de atravessar as cercas impostas pelas nações e garantir condições dignas de vida num mundo tão atacado por esse sistema da morte, que é o Capital.