SE AS FRONTEIRAS NOS DIVIDEM, A CLASSE NOS UNE

No dia 07 de outubro o mundo voltou seu olhar para Israel e a Palestina depois do ataque do Hamas, mas novamente tanto o governo dos EUA e a maioria dos Estados nacionais tentam camuflar e diminuir a escalada de violência e terror de Estado promovido por Israel com o apoio do imperialismo contra o povo palestino.

A luta dos palestinos por sua autodeterminação remonta à década de 30 do século XX, tendo a partir de 1940 o período de mais tensão e terror de Israel contra a Palestina. Para muito além das questões relacionadas a religião de judeus, muçulmanos, cristãos,  o massacre promovido por Israel tem por objetivo principal a apropriação dos territórios palestinos e para isso conta com poderoso aparato bélico, reunindo ações militares, de terror e inteligência com apoio das economias dominantes. 

Os EUA desde o início do conflito garantem  apoio incondicional a Israel, é a ação do imperialismo para avançar no Oriente Médio em busca dos fartos recursos naturais, como o petróleo, mercadoria fundamental para o Capital.

A consequência disso para o povo palestino é miséria e morte: sob o bloqueio de Israel há anos, Gaza vive  uma  grave crise  humanitária a fome chega  a 2 milhões de habitantes, os níveis de desemprego e de extrema miséria são avassaladores, aos palestinos são negados direitos básicos como acesso a água, alimento, atendimento médico, tratamento de doenças graves.

Israel mata pelas balas, pela fome, pela negação de atendimentos básicos: na Faixa de Gaza, Cisjordânia, palestinos são proibidos de cruzar a fronteira em busca de emprego, comida, atendimento à saúde. Crianças, bebês palestinas morrem vítimas do terror do Estado de Israel sejam pelas balas, seja pela fome e pela falta de atendimento médico.

Os meios de comunicação privados do Capital mostram ao mundo as imagens do ataque promovido pelo Hamas no dia 07 de outubro que  provocou a morte de centenas de pessoas entres eles muito civis, mas novamente tentam esconder o terror promovido por Israel  que tem como consequência a morte  de milhares de palestinos durante décadas.

O ataque feito pelo Hamas novamente é utilizado por Israel  para tentar justificar a injustificável ação de terror e morte que segue fazendo diariamente contra o povo palestino tentando legitimar mais uma guerra que em nada tem relação a proteger seres humanos, mas sim os interesses capitalistas. É a guerra sendo utilizada pelo Estado como instrumento de domínio, expansão e controle de territórios.

A luta do povo Palestino por sua autodeterminação não é simplesmente pelo direito a territórios, é luta por viver, por garantir que as crianças possam crescer e crescer seguras, para que haja alimento, água, condições básicas de vida e trabalho.

É preciso romper as cercas das nações que tentam dividir a humanidade, é preciso retomar no patamar necessário e urgente a luta internacional da classe trabalhadora, instrumento fundamental para combater as ações do Estado que a serviço do Capital exterminam vidas de nossa classe e de seus filhos.