Na madrugada do dia 30 de agosto, a direção da Hering cometeu mais um ato de crueldade e discriminação contra um trabalhador.
O trabalhador R.J.J. que é haitiano e trabalha na Hering em Blumenau/SC desde novembro de 2021, pai de dois filhos e esperando o terceiro chegar sofreu uma brutal violência cometida pela direção da Hering.
O trabalhador estava operando a máquina e foi pressionado pela chefia a aumentar a produção e quando foi explicar que estava iniciando o seu trabalho depois da reunião realizada pelas chefias foi demitido por justa causa.
Além dessa demissão absurda, o trabalhador foi tratado como bandido, pois a direção da empresa chamou a Polícia Militar para tirar o trabalhador da fábrica às 2 horas da madrugada, horário em que não há transporte.
A demissão é um absurdo, além disso a ação da empresa mostra crime de xenofobia e racismo: o trabalhador é haitiano e como todos os que vieram ao Brasil fugindo da miséria que assola o Haiti quando chegam aqui são submetidos a discriminação e desrespeito.
É um trabalhador imigrante e negro, ou seja, foi discriminado também por sua origem e por sua cor.
A direção da empresa ainda se utilizou da dificuldade do trabalhador em se comunicar por conta de não assimilar por completo a língua do país para impor mais opressão.
O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau e Região assim que soube da violência praticada pela Hering contra o trabalhador realizou assembleia na fábrica do Bom Retiro e já entramos em contato com a empresa exigindo o cancelamento da demissão.
A direção da empresa disse que vai manter a demissão, isso é mais uma prova do desrespeito da Hering contra os trabalhadores.
O Sindicato além de já ter encaminhado as devidas medidas judiciais contra mais essa prática criminosa de assédio que agora atenta contra o sustento do trabalhador e sua família, também ampliará a campanha de denúncia contra a Hering.
Vamos denunciar em todos os lugares essa prática da Hering que mostra como os patrões se utilizam do racismo, da discriminação contra os imigrantes para impor mais opressão e exploração contra o conjunto da classe trabalhadora