GOVERNO DE SÃO PAULO TRATA SERES HUMANOS EM SITUAÇÃO DE RUA COMO LIXO

A cidade de São Paulo tem mais de 50 mil pessoas morando nas ruas porque não têm emprego, moradia, acesso aos serviços básicos de garantia à dignidade humana.

Logo no início da pandemia em que o Capital se aproveitou da tragédia para eliminar empregos, direitos e arrochar ainda mais os salários, milhares de famílias foram morar nas ruas pois, sem nenhuma fonte de renda não conseguiram mais pagar aluguel, são mulheres e homens trabalhadores, são jovens e crianças sem abrigo e alimentação digna.

Junto a isso, os sucessivos governos na cidade e no estado trataram a questão da dependência química que atingem tantos jovens e adultos que vagam sobre as ruas do centro da cidade como um caso de polícia , quando na realidade é um caso de saúde pública.

Por anos trataram o que denominaram como “cracolândia”, como se fosse um ponto turístico do horror e agora com o falso e hipócrita discurso que estão combatendo o tráfico atacam principalmente os dependentes químicos como se criminosos fossem, enquanto os traficantes seguem se aproveitando da tragédia.

As ações violentas da Guarda Municipal e da Polícia Militar realizadas nos últimos anos, as ações do governo municipal Ricardo Nunes/MDB no mês passado de destruir as barracas das pessoas em situação de rua, como as ações do governo do estado de Tarcísio de Freitas/Republicanos que investiu muito mais no armamento dos órgãos de repressão do que de fato em políticas públicas na área de saúde, assistência e emprego, mostram quais são as prioridades dos governos de plantão.

O período em que se intensificaram as ações de repressão contra as pessoas em situação de rua foram acompanhadas da ampliação de mega investimentos e projetos envolvendo grandes construtoras e seguradoras, ou seja, é o governo expulsando seres humanos que não têm para onde ir para entregar os espaços públicos para a especulação imobiliária.

É preciso parar de passar nas ruas e quase tropeçar sob seres humanos, como se eles fossem um empecilho no meio do caminho, é preciso transformar a tristeza em ver crianças morando em barracas ou embaixo de viadutos em força para lutar contra as políticas dos sucessivos governos que protegem os interesses do Capital atacando a vida dos trabalhadores e seus filhos.

É preciso romper a alienação que produz o individualismo e ocupar as ruas exigindo moradia digna, saúde, assistência, emprego e direitos.