No dia 22 de junho, a maioria da Câmara Municipal de Curitiba cassou o mandato de um trabalhador negro. Seu crime? Estar presente num protesto exigindo justiça para dois trabalhadores negros, assassinados no Rio de Janeiro, Moïse e Durval. A justa e legítima manifestação foi feita dentro de uma igreja conhecida por ser a Igreja dos Pretos, igreja construída por pessoas pretas escravizadas.
O processo acelerado contra essa jovem negro e trabalhador, as acusações absurdas da tal quebra de decoro parlamentar, quando na realidade Renato estava se somando às legítimas manifestações que aconteceram em todo país exigindo o fim da impunidade contra os crimes de racismo, é mais um exemplo escancarado do racismo institucionalizado e do caráter de classe do Estado, que em todos os seus espaços está a serviço de atender aos interesses do Capital.
Mais do que buscar através das devidas ações judiciais derrubar essa decisão absurda da maioria da Câmara Municipal de Curitiba, a solidariedade de classe a Renato Freitas é arma de combate ao racismo institucionalizado que serve a esse sistema capitalista que tanto se aproveita da segregação e do preconceito impostos para aumentar a violência ao conjunto da classe trabalhadora.