SOLIDARIEDADE ATIVA À LUTA DOS TRABALHADORES NA AVIBRÁS NO VALE DO PARAÍBA/SP CONTRA AS DEMISSÕES

A Avibras indústria bélica que tem suas principais plantas instaladas na região do Vale do Paraíba/SP, demitiu mais de 400 trabalhadores em sua fábrica de Jacareí.

O histórico dessa empresa que se apresenta como uma indústria do ramo aeroespacial, está marcado pelo desrespeito aos direitos trabalhistas e por ser a principal fabricante de material bélico pesado no Brasil principalmente para o exterior, entres eles mísseis, lançadores de foguetes e veículos blindados, abastecendo conflitos e guerras no Oriente Médio, Ásia e América Latina.

É recorrente o desrespeito da empresa aos direitos dos trabalhadores atrasando pagando de salários,13ͦ salário, férias, não recolhendo o pagamento à Previdência e depósito do FGTS e quando impõe demissões tenta dar calote nas indenizações trabalhistas.

Em 18 de março desse ano a empresa novamente demitiu centenas e quer dar mais um calote contra os trabalhadores.

A Avibras tenta se escorar numa recuperação judicial para impor as demissões e fugir do que deve aos trabalhadores ao mesmo tempo em que tenta se aproveitar de mais uma guerra fomentada pelo Capital para ampliar seus negócios, prova disso são as declarações dos representantes da empresa há poucos dias em que dizem:  “a empresa afirma já ter identificado que seus clientes aumentaram as operações e reiniciaram projetos interrompidos nos últimos dois anos e que acredita que essas propostas se convertam em contratos de forma mais acentuada em 2023, e que com o aumento e disseminação de tensões fronteiriças em vários países e com a polarização de atritos entre potências globais como EUA, Rússia e China, podem gerar oportunidades para a Avibras.”

A Avibras novamente se aproveita das tragédias para reorganizar sua produção, seja a pandemia para tentar justificar as demissões, seja a guerra entre Rússia e Ucrânia para expandir seus negócios.

Para enfrentar os ataques da empresa não tem outro caminho que não seja a luta, portanto é preciso cercar de solidariedade os trabalhadores que junto ao Sindicato estão em movimento em defesa dos direitos e empregos.