NO AMAPÁ A FACE MAIS CRUEL DA PRIVATIZAÇÃO: POPULAÇÃO ESTÁ SEM LUZ E ÁGUA

No Amapá, desde o dia 03 de novembro, mais de 90% da população no estado está sem acesso à luz e a água por conta de um incêndio numa subestação de distribuição de energia elétrica. Várias cirurgias marcadas foram canceladas, os alimentos nas casas se estragaram por falta de eletricidade, quem não tem poço artesiano em casa não tem nem água para beber. Com o apagão há dias falta o básico para população:  água e alimento. 

Quem mais sofre com o apagão são os mais pobres, um apagão que de natural nada tem, é consequência da privatização em que as empresas privadas não estão preocupadas em garantir o acesso a serviços básicos, mas tão somente em garantir seus lucros.

A empresa Isolux, multinacional espanhola é a concessionária responsável pela subestação de energia no Amapá desde 2015, após o incêndio quem teve que entrar no circuito foi a empresa estatal Eletronorte, pois a multinacional alegou que não tem outro transformador para ser usado nesse momento de emergência no estado. 

Já passa de uma semana em que a população sofre com a falta e o racionamento de energia e água, as mais do que justas e legítimas manifestações trancando rodovias no Amapá é o grito necessário exigindo o básico para sobrevivência: água, luz, alimento.

Enquanto os mais pobres sofrem por conta da negligência das empresas privadas, o governo Bolsonaro através de seu ministro da economia Paulo Guedes anuncia que pretende sumir com as estatais e avançar com as privatizações, entre suas prioridades de entregar empresas públicas para o Capital estão as estatais de energia elétrica.

O que acontece agora no Amapá escancara o que significa as privatizações e a importância de lutar contra a entrega dos serviços públicos para o Capital. Lutar contra as privatizações é lutar por garantir acesso aos serviços mais básicos de proteção à saúde e vida da população trabalhadora.