No dia 12 de novembro o jovem Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos, desapareceu após abordagem da Polícia Militar na Favela do Amor, na cidade de Santo André/SP.
Segundo informações da imprensa, a roupa que o garoto vestia foi encontrada próxima a uma escola da região. A família afirma que viu o garoto ser levado por viatura da Polícia Militar e que teve a casa invadida por policiais após o ocorrido.
Lucas é estudante na escola estadual Clotilde Pelso, a comunidade da região fez uma manifestação exigindo que Lucas seja encontrado e a reação da Polícia Militar foi reprimir a mobilização com bombas de gás lacrimogênio.
No dia 15 de agosto um corpo foi encontrado numa represa em Santo André, antes disso um outro corpo foi encontrado num parque, não há ainda identificação, os exames de DNA serão feitos, mas o fato é que Lucas, um menino negro, foi abordado pela Polícia e desde então desapareceu; outros corpos de pessoas negras são encontrados sem vida, quem são? Por que foram mortos? Perguntas que o Estado e seu braço armado fogem de responder.
Lucas, que saiu para brincar com um primo e comprar um refrigerante em Santo André (ABC), não voltou até hoje; a Polícia Militar afastou dois agentes preventivamente, mas até agora nada de dar conta de encontrar o garoto negro de 14 anos.
Segundo dados da Ouvidoria da Polícia paulista, o 41º batalhão da Polícia Militar, que atua na região de Santo André, é o que mais mata.
Mais do que solidariedade à família de Lucas é preciso denunciar, em todos os cantos, a violência estatal que a cada dia faz mais vítimas de nossa classe, e ainda mais nossos irmãos negros.