Desde 03 de outubro, indígenas protagonizam uma grande luta no Equador, trabalhadores de diversas categorias realizam uma grande greve geral que ocupa a cidade de Quito, a capital do país e enfrentam a repressão do Estado, que prendeu e feriu centenas de trabalhadores.
A luta vai muito além do aumento absurdo dos preços dos combustíveis, a luta é contra a política do governo de Lenín Moreno que, subserviente aos interesses do Capital, avança contra os direitos dos trabalhadores, seu compromisso com o Fundo Monetário Internacional (FMI) é reduzir drasticamente os gastos públicos, o que significa mais ataques ao conjunto da população trabalhadora.
No Equador, a classe trabalhadora se coloca em movimento em defesa de sua dignidade, de sua vida: Mulheres, homens, idosos, crianças, jovens, vindos das mais diversas regiões do país, marcham e ocupam as ruas de Quito e mais do que denunciar a política do governo que tem aumentado a miséria e atacado direitos, os trabalhadores em greve geral lutam por melhores condições de vida e trabalho.
A luta no Equador é mais um exemplo de que é só se colocando em movimento, que nos livraremos das amarras que nos prendem no fosso da desigualdade social provocada pela exploração do Capital e de seus capachos que gerenciam a máquina do Estado.
Como dizem nossos irmãos indígenas do Equador, a violência não é provocada por quem se coloca em luta contra a miséria, a violência é a própria miséria, que é consequência da ação dos capitalistas que seguem se enriquecendo na exata medida que aumentam a miséria da maioria da população trabalhadora.
A luta dos trabalhadores equatorianos é o pavio que se acende novamente na América Latina contra os ataques desse sistema que sobrevive às custas de retirar direitos, salários, empregos e vidas de nossa classe.
A greve geral no Equador que enfrenta as bombas e balas da repressão do Estado, mostra mais uma vez que o caminho para os trabalhadores para garantir direitos só pode ser a luta do conjunto da classe trabalhadora.
Está mais do que na hora de nos juntarmos aos nossos irmãos de classe, como no Equador e aqui no Brasil também fazermos nossa parte: construir uma nova, maior e intensa greve geral contra as políticas do governo Bolsonaro, que para atender os interesses do Capital quer exterminar direitos, arrochar salários, aumentar o desemprego, a fome e a miséria.
Viva a greve geral dos trabalhadores equatorianos!
A luta é do conjunto da classe trabalhadora e vai além das fronteiras que tentam nos dividir em nações.