No último dia 23 de julho, a Polícia Federal invadiu o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas, buscando pela reunião e pelos organizadores e Organizações que preparavam manifestação contra os ataques do governo Bolsonaro.
A justificativa injustificável da Policia que invadiu o Sindicato armada com metralhadoras é que estavam ali a mando do Exército para saber como seria a manifestação no dia em que Bolsonaro estaria em Manaus.
Essa ação absurda da polícia aconteceu dois dias antes, da ida de Bolsonaro a Manaus junto com seu ministro Paulo Guedes para tratar de interesses das grandes empresas instaladas na zona franca de Manaus e acontece na mesma semana em que esse boçal presidente tentou desqualificar os dados sobre desmatamento pesquisados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com claro objetivo de liberar geral ao Capital a destruição da Amazônia.
O que aconteceu em Manaus é mais uma demonstração escancarada que sob o governo Bolsonaro, os saudosos da ditadura militar, período em que mais de mil Sindicatos sofreram intervenção, estão se achando acima de tudo e de todos passando por cima do direito de livre organização e manifestação dos trabalhadores.
Não interessa se os policiais que invadiram o Sindicato foram “cordiais “ em sua abordagem, o fato é inadmissível. Lutamos muito para garantir o direito de livre organização e manifestação e o fato de um saudoso da ditadura militar estar hoje na presidência da República, não dá aos órgãos de repressão do Estado, o direito de intervirem nas Organizações dos Trabalhadores.
Além do repúdio a mais essa ação dos órgãos de repressão do Estado e da exigência de rigorosa apuração e punição dos envolvidos, o fundamental é fortalecermos o enfrentamento contra esse governo que quer aprovar sua desumana reforma da Previdência, aprofundar a reforma trabalhista, acabar com a Educação, com o objetivo de garantir aos capitalistas mais lucros e aos trabalhadores desemprego, precarização das condições de trabalho e fome.
Não nos calaremos, a luta continua e vai se ampliar em defesa dos direitos e da vida do conjunto da classe que Bolsonaro tanto odeia, a classe trabalhadora.