JUDICIÁRIO TENTA INTERVIR NA LIVRE ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES, MAS A GREVE NOS CORREIOS CONTINUA

A greve dos trabalhadores nos Correios iniciada no dia 16 de setembro continua e se amplia em defesa dos direitos ameaçados pelo governo Temer/PMDB que através da ECT tentar retirar várias cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho e acabar com o plano de saúde.

Para tentar acabar com a força do movimento que atinge todas as regiões do País e se fortaleceu ainda mais com a participação dos trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro, o governo usou de seus tentáculos no Judiciário para tentar acabar com a greve, mas não conseguiu.

A decisão de um dos desembargadores do Tribunal Superior do Trabalho (TST) escancara o caráter de classe do Estado que serve para atender os interesses do Capital.

Na decisão o desembargador além de julgar a greve abusiva, tenta mais do que se intrometer na livre organização sindical dos trabalhadores, inverter as instâncias de decisão da categoria, ao afirmar que os trabalhadores passaram por cima de suas direções sindicais, ao entrar em greve e não privilegiar o espaço de negociação.

Mas sua decisão não fala que os representantes dos trabalhadores através dos Sindicatos estavam há mais de dois meses participando das reuniões de negociação e quem se recusava a discutir a pauta era a direção da ECT, que desde o início tinha como objetivo enrolar ao máximo esperando novembro chegar para impor a reforma trabalhista dos patrões que retira direitos.

O desembargador também não fala que são as assembleias as instâncias máximas de decisão dos trabalhadores e que eles na maioria das regiões do país juntos com seus Sindicatos definiram de forma legitima iniciarem a greve em defesa de seus direitos.

O tiro saiu pela culatra: a decisão do desembargador de julgar a greve abusiva e liberar a direção da ECT para avançar em punições contra os trabalhadores, só fez aumentar a revolta da categoria, ampliando a paralisação.

Além do recurso judicial contra essa decisão que é uma tentativa escancarada de intervenção na organização dos trabalhadores, o mais importante é a firmeza dos trabalhadores na greve.

Estamos juntos e firmes com os trabalhadores nos Correios na luta por nenhum direito a menos, contra a intervenção na organização dos trabalhadores, por aumento salarial e melhores condições de trabalho.

É NA GREVE QUE VAMOS IMPEDIR O MASSACRE QUE SIGNIFICA A REFORMA TRABALHISTA DOS PATRÕES E DO GOVERNO.