TRABALHADORAS NA TERCEIRIZADA DA LIMPEZA E MANUTENÇÃO DA UFMT ARRANCAM VITÓRIA E GARANTEM PAGAMENTO DE SEUS SALÁRIOS ATRAVÉS DE PARALISAÇÃO!

Ontem (22 de fevereiro) foi um dia de vitória para as trabalhadoras na Luppa, terceirizada responsável pela limpeza e manutenção da Universidade Federal de Mato Grosso em Cuiabá. Elas garantiram através de sua paralisação o pagamento dos salários atrasados há quase um mês. Demonstrando que é com a luta que garantimos os direitos de nossa classe.

A empresa que há mais de vinte dias vinha enrolando as trabalhadoras alegando não ter dinheiro para efetuar o pagamento, se viu numa sinuca de bico quando as trabalhadoras, perdendo a pouca paciência que lhes restava, resolveram se articular e não mais permitir que a situação continuasse como estava. 

A organização dessa luta se deu, diante da inércia da diretoria fantasma do sindicato que representa a categoria, através de uma reunião em que estiveram presentes as trabalhadoras, estudantes organizados no Diretório Central dos Estudantes e trabalhadores organizados no Sindicato dos Trabalhadores da UFMT.

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Essa reunião chegou a invadida pelo dono da empresa com o objetivo de identificar as trabalhadoras que encabeçavam o movimento. Na reunião ficou definido a organização de uma assembleia, que por sua vez deliberou por uma paralisação até que o pagamento dos salários fosse regularizado. 

Tentando matar o movimento a empresa demitiu duas trabalhadoras. Essa empresa é conhecida no Mato Grosso pelas péssimas condições que tem submetido os trabalhadores. No entanto é apenas mais um exemplo de mais uma das formas de retirar direitos dos trabalhadores, a terceirização, que vem desenvolvendo-se tanto no setor público quanto no setor privado.

Além do atraso dos salários as trabalhadoras colocaram-se em movimento contra as recorrentes situações de humilhação e assédio moral, atraso de salários, descontos indevidos na folha de pagamento, horas extras não pagas e contra a perseguição ao seu direito de lutar por melhores condições de trabalho.

Na tentativa de desmobilizar as trabalhadoras muita ameaça por parte do patrão, mas ampla adesão e a combatividade das trabalhadoras fez com que a empresa recuasse e efetuasse os pagamentos no mesmo dia da paralisação.

As trabalhadoras contaram ainda com a solidariedade dos estudantes, docentes e técnicos da UFMT, demonstrando que independente do crachá, somos todos trabalhadores e trabalhadoras.

Foi uma primeira batalha e o ponta pé inicial em defesa dos direitos das trabalhadoras nas terceirizadas. A INTERSINDICAL seguirá firme com as  trabalhadoras na Luppa para através da organização de nossas lutas garantir muito mais que o pagamento dos salários, mas resistir aos ataques que o Capital nos impõe, seja através de seu Estado ou de seus pelegos no movimento sindical.

Por Nenhum Direito a Menos, Avançar Rumo a Novas Conquistas!


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