Com informações do SINDSERV/Santos
Não passou batida a votação do “reajuste” salarial dos servidores, “reajuste” esse que não cobre nem a inflação (11%, enquanto que o INPC de janeiro foi de 11,31%).
Em mais uma ação da campanha salarial, os servidores manifestaram-se dentro e fora da Câmara para denunciar com panfletos em forma de chequinho os últimos ataques sofridos pela categoria, pois o prefeito se negou a reajustar decentemente os salários dos servidores, mas:
– Gasta mais de 25 milhões ao ano com apadrinhados e indicados por vereadores, os chamados “chequinhos”;
-Sequestrou perto de 20 milhões das aposentadorias dos servidores para pagar a terceirização do Pronto Socorro Central e entregá-lo a uma Organização Social (OS) com contas questionadas em outras cidades. Em apenas 5 anos o rombo nas aposentadorias será de 100 milhões. Outras cinco unidades de saúde (PS Leste, PS Noroeste, Estivadores, Hospital Domingues Pinto e Maternidade) também estão na mira da entrega sem licitação;
-Mantém funcionando secretarias completamente desnecessárias, geradoras de dezenas de cargos de confiança usados como moeda de barganha entre partidos políticos;
-Pela total falta de planejamento, há diversas obras paralisadas ou atrasadas. Muito dinheiro virou ferrugem e a conclusão dessas obras ainda será utilizada como apelo para a reeleição.
Os vereadores ficaram incomodados com a chuva de chequinhos no auditório e mandaram a Guarda Municipal retirar a força os servidores que protestavam durante a plenária.
Diretores do SINDSERV foram obrigados a sair da sessão
Servidores foram retirados a força
Hipocrisia
Porque os “nobres” vereadores se incomodaram tanto com os nossos chequinhos se NUNCA fizeram nada contra os VERDADEIROS chequinhos distribuídos pela Prefeitura para manter e ampliar seus currais eleitorais?
Estão apenas encobrindo a prática nefasta do Executivo sem fiscalizar (principal função de um vereador) ou também teriam eles indicado alguns “parceiros” para os cabides de emprego?
O reajuste foi aprovado em primeira “discussão” no dia 18 e em segunda discussão no dia seguinte, no período da manhã, em uma sessão extraordinária realizada somente para isso. Os legisladores ficam o ano inteiro reclamando que a população não participa, não comparece nas sessões da Câmara, mas quando os trabalhadores comparecem eles usam de manobras regimentais para fugir de manifestações contrárias. Haja hipocrisia!