COM SUA SANHA DESESPERADA POR LUCRO, O CAPITAL DESTRÓI VIDAS, RIOS, REGIÕES

Em Mariana a lama de lucro da Vale, Samarco e BHP dizimou vidas, comunidades, rios, flora e fauna

Prestes a completar um mês da tragédia provocada pelo Capital que explora os trabalhadores, se apropria dos recursos naturais e colocam toda a comunidade em risco, até agora quem padece são os trabalhadores.

Onze mortes até agora entre trabalhadores na mineradora e moradores da região, ainda há desaparecidos, um distrito inteiro foi levado pela lama, junto com a lama vidas, moradias, escolas, tudo enxotado pela ação do Capital.

A lama invadiu o Rio Doce, deixou milhares sem água em várias cidades, atravessou o estado de Minas, chegou ao Espirito Santo, invadiu o mar, arrasou com o sustento de centenas de comunidades ribeirinhas que se mantém através da pesca.

A tragédia que nada tem de acidente, foi provocada pela ação das empresas que exploram o minério de ferro e escancarou como o Capital detona tudo que julga ser empecilho para o aumento de seus lucros.

paracatu lama

Estudos técnicos já mostravam o risco eminente do rompimento da barragem. Como essa, outras barragens também se encontram em risco e após a tragédia provocada, a Vale tentou se esconder para depois tentar se desresponsabilizar, Samarco e BHP, colocaram seus prepostos para lamentar, lamentar e anunciar “ medidas de segurança” , depois de terem matado mais de uma dezena de trabalhadores e deixar centenas sem casa e sem sustento. Entre as medidas de segurança está jogar dejetos de minério num terreno próximo ao lado do Rio do Carmo a 60 km de Mariana.

O Estado também não conseguiu manter o disfarce de ser o “Estado de todos”, o governador de Minas tentou proteger as empresas, o governo federal anuncia uma série de medidas para punir as empresas responsáveis, mas de concreto até agora o que fez foi liberar o saque do FGTS para os trabalhadores que foram atingidos pela tragédia quando o que deveria ser feito era garantir o direito dos trabalhadores e exigir que as empresas paguem o estrago que provocaram.

O Judiciário aplica multas que até agora não foram pagas pelas empresas, enquanto pobres vão para cadeia por pegarem um pacote de bolacha para os filhos, os que provocaram mortes, num dos maiores desastres ambientais no Brasil seguem impunes, livres e não pagando o que devem aos trabalhadores.

O que aconteceu em Mariana mostra como o Capital se estrutura para garantir ainda mais lucros: a Vale uma das principais indústrias do setor de minério, se junta a outras como Samarco e BHP, terceirizam várias das atividades, precarizando ainda mais as condições de trabalho, sucateiam as operações e depois lamentam a tragédia anunciada por sua ação.

Como essas se juntam outras indústrias de transformação, como a Usiminas que se utiliza desse minério de ferro que no processo de produção será transformado em aço pelos trabalhadores. Só em sua planta de Cubatão junto ao aço, as péssimas condições de trabalho também já usinaram a vida de mais de 50 trabalhadores que foram mortos pelas pessimas condições de trabalho.

Nesse momento é fundamental a solidariedade ativa de classe que se concretiza em fazer chegar a denúncia em todos os lugares onde estamos sobre a tragédia provocada pela Vale, Samarco, BHP e seus parceiros. Em nossas mobilizações, aumentar a pressão contra o Estado, seja nos governos e no Judiciário para que as ações de punição contra as empresas se concretize e as devidas indenizações aos atingidos sejam pagas e mais importante, a luta em defesa da vida dos trabalhadores e das comunidades que seguem sendo vítimas das ações assassinas das empresas que atingem nossas vidas dentro e fora dos locais de trabalho.

Fortalecer a luta em defesa dos trabalhadores que trabalham na mineradora e em defsa do conjunto dos trabalhadores.