[Trabalhadores Municipais de Curitiba] Assembleia conjunta dos servidores vai debater indicativo de greve contra ameaça de rombo no IPMC


O prefeito Gustavo Fruet quer cortar R$ 10 milhões do repasse mensal do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC). Ele pode enviar às pressas, para a Câmara Municipal, um projeto de lei que altera a forma de cálculo do plano de custeio, colocando em risco as próximas aposentadorias.

A proposta foi apresentada aos quatro sindicatos que representam os servidores do município no dia 27 de outubro. Tudo indica que a Prefeitura tem pressa para aprovar a proposta, mesmo contra a vontade dos trabalhadores.

Os sindicatos já se recusaram a negociar qualquer alteração, antes que seja formada uma comissão paritária para analisar a situação do IPMC. No dia 18 de novembro, reuniremos todos os servidores municipais de Curitiba em uma assembleia que debaterá ações para impedir a ameaça de rombo no IPMC. Se o prefeito tentar colocar as mãos no dinheiro da nossa aposentadoria, vamos construir uma greve forte que una todos os servidores municipais!

Quando Beto Richa (PSDB) armou um campo de guerra para colocar as mãos no dinheiro da previdência dos servidores estaduais, Fruet fez de tudo que pode para se contrapor ao exemplo do governador. Na época, a secretária de Finanças Eleonora Fruet chegou a prometer, na Câmara de Vereadores, que não iria “pegar” o dinheiro da previdência dos servidores. Por que o discurso mudou e agora a Prefeitura quer imitar o que exemplo vergonhoso do estado? 

Se a lei for aprovada, o repasse mensal feito ao Instituto passará de R$ 17 milhões para seis ou sete milhões. Além disso, o projeto de lei também prevê que a mudança tenha efeito retroativo a janeiro deste ano. Isso significa que Fruet poderá sacar cerca de R$ 100 milhões dos aportes feitos ao longo de 2015.