[Metalúrgicas da Baixada Santista] Audiência ocorrida dia 14 no Tribunal decide manter a decisão que exige que a Usiminas pague 8,34% e garanta estabilidade de 90 dias

Audiência ocorrida dia 14 no Tribunal decide manter a decisão que exige que a Usiminas pague 8,34% e garanta estabilidade de 90 dias
Na audiência realizada na quarta-feira, 14, novamente comprovamos que a Usiminas não tinha nenhuma intenção de apresentar nova proposta e sim de continuar com as demissões.

Diante disso a relatora do processo manteve a decisão do julgamento que ocorreu no dia 23 de setembro, onde se determina que a Usiminas deve pagar:

– 8,34% de reajuste salarial retroativo à maio de 2015;
– Abono de R$ 1.500,00, corrigido;
– Estabilidade de 90 dias, e
– Reajuste na Alimentação e transporte em 8,34%


Usiminas confirma o que Sindicato denunciou: o objetivo da direção da usina era reduzir os salários e continuar a demitir para aumentar seus lucros

Foi o que fez com os engenheiros que tiveram seus salários reduzidos por imposição da Usiminas e pela submissão do sindicato dos engenheiros que, ao invés de se somar a luta do conjunto dos trabalhadores, abaixou a cabeça para a direção da empresa.

Os engenheiros voltaram a semana passada à jornada normal e junto com isso veio o quê? Demissão. E o que mais? A contratação para a vaga com um salário que será no máximo a metade do salário do engenheiro que foi demitido.

ESCANCARADA DE VEZ A MENTIRA DA USIMINAS: A direção da usina dizia que precisava reduzir salários para evitar as demissões, mas a verdade é que continuou a demitir antes, durante e logo depois da redução de salário. E mais: continuou a contratar, só que com o salário mais arrochado ainda.

 

A estabilidade é válida a partir do dia 23 de setembro. E vamos exigir a reintegração de todos os companheiros que foram demitidos nesse período
Na audiência também denunciamos as demissões que a Usiminas fez durante as semanas que antecederam a audiência e o próprio Judiciário confirmou que os trabalhadores têm estabilidade desde 23 de setembro. Portanto, já estamos encaminhando as devidas ações exigindo a reintegração dos companheiros demitidos.

A sentença será publicada no próximo dia 21/10 e a partir dessa data a Usiminas tem que pagar. Se ela novamente tentar enrolar entrando com o recurso, nossa resposta é: JUNTOS E FIRMES, AMPLIARMOS A MOBILIZAÇÃO PARA GARANTIR O REAJUSTE NOS SALÁRIOS E LUTARMOS CONTRA AS DEMISSÕES.

Mobilização que faremos juntos com nossos companheiros de Ipatinga que agora também estão em Campanha Salarial.

 

E agora continua a mentir dizendo que a situação da usina é ruim. Ruim está para os trabalhadores
O atraso para pagar o que deve aos trabalhadores, o calote nos pagamentos dos adicionais de insalubridade e periculosidade, o desvio de função e o não pagamento do salário correto depois da classificação, são exemplos de como a direção da Usiminas vem reservando mais fonte de lucro, atacando direitos dos trabalhadores.

 

Juntos e firmes com o Sindicato, é hora de aumentar a luta contra as demissões e o calote aos direitos
A Usiminas vai muito bem, os dados no verso desse Jornal vão mostrar mais exemplos sobre isso. O terror que ela pinta dentro da área e para imprensa só tem um objetivo: tentar frear a mobilização que se ampliou nos últimos meses.

A Usiminas quer é continuar a demitir, contratar depois com salário menor e assim ampliar ainda mais seus lucros.

E contra isso é hora de fortalecermos nossa união e luta, pois é assim que vamos enfrentar as demissões e garantir que a Usiminas pague o que deve aos trabalhadores.

 

52 anos do massacre de Ipatinga: Não esquecemos, não perdoamos. Seguimos na luta

A Usiminas e os governos tentaram esconder o que fizeram em 1963, em Ipatinga (MG), um ano antes do golpe militar. Tentaram esconder o massacre que fizeram em Ipatinga contra os trabalhadores que lutavam por melhores condições de trabalho.

Os trabalhadores se colocaram em movimento, pararam a produção contra as péssimas condições de trabalho, os alojamentos extremamente precários onde eram jogados depois da extensa jornada de trabalho, contra a perseguição da direção da usina que colocava sua vigilância privada para humilhar os trabalhadores.

A Usiminas chamou a repressão que matou dezenas de trabalhadores e feriu centenas que trabalham na usina ou que passavam por perto na hora da repressão. Por muito tempo tentaram esconder esse pedaço sangrento da história, mas não conseguiram.

Juntos com os trabalhadores de Ipatinga, mais do que lembrar da nossa história como classe, seguimos a luta iniciada bem antes de nós, por mais direitos e melhores condições de trabalho.


Isso é o que faz a Usiminas: enquanto não paga o que deve ao trabalhadores, demite, aumenta a exploração e sucateia ao máximo

Navios saem do Porto abarrotados de placas e bobinas produzidas pelos trabalhadores na Usiminas. Os trabalhadores, sejam os efetivos na Usiminas, sejam os companheiros que trabalham na Ormec, estão sendo obrigados a dobras cada vez mais frequentes.

Os equipamentos mais obsoletos estão parados e sem manutenção ao mesmo tempo em que máquinas de dois veios, por exemplo, estão sendo operadas a todo vapor, R$30 milhões é o investimento no Alto Forno I, a planta da Hasrco está sendo ampliada.

Os superintendentes fizeram churrasco para comemorar a diminuição do valor da placa de aço de R$1.255,00 para R$1.232,00. E conseguiram isso de que forma? Demitindo e contratando com salário menor e exigindo mais produtividade de cada trabalhador.

A meta é chegar cada vez mais perto do valor da placa produzida em Ipatinga que é de R$ 945,00. E para isso, a Usiminas tenta desesperadamente igualar por baixo os pisos e os salários nas duas plantas, pois é do trabalho dos trabalhadores que se gera o valor de tudo que é produzido na usina.

Mas agora o Sindicato em Ipatinga também está nas mãos dos trabalhadores e desde 2013 tem lutado para recuperar as perdas salariais. Aqui em Cubatão, o Sindicato desde que derrotou os pelegos não permitiu a redução dos pisos e dos salários. Ao não conseguir reduzir os salários, a Usiminas aumenta as mentiras, o arrocho salarial não pagando aumento salarial e nesse ano enrolando até para pagar as perdas acumuladas. Além disso, desrespeita direitos básicos como pagar adicional, regularizar classificação, demite e depois contrata a partir do piso e assim achata ainda mais os salários.

 

Contra as mentiras, as demissões e arrocho nos salários, a resposta é cabeça erguida e, juntos e firmes, manter e ampliar a luta
Cubatão
Cubatão
Limeira
Limeira
Campinas
Campinas

Demissão e calote no pagamento não se barra esperando que direção da empresa mude sua posição, ao contrário, é se colocando em movimento que forçamos os patrões a recuar.

Os patrões estão impondo a redução de salários e direitos em vários lugares e fazem isso com o apoio do governo Dilma e também com o apoio dos pelegos da CUT, da Força Sindical e de outras centrais sindicais pelegas, mas em muitos lugares como aqui não conseguiram.

Nos lugares onde a INTERSINDICAL está presente, estamos através das paralisações, greves, na luta enfrentando a tentativa de redução de salários e direitos que os patrões, os governos e os pelegos querem impor.

É assim juntos, firmes e em movimento que garantimos:

No nosso salário NÃO!
A luta segue contra a redução de salários e contra as demissões.
A luta segue por nenhum direito à menos e avançar nas conquistas

 

Veja o que saiu na revista ISTOÉ Dinheiro

Usiminas está em 60º lugar entre as mil empresas que mais lucram. Enquanto isso, arrocha salários, reduz salários dos engenheiros e os demite, e não paga o que deve aos trabalhadores.

Os acionistas comemoram os lucros
No último dia 08, as ações da Usiminas voltaram a subir novamente, uma alta de 5,84%. A CSN quer aumentar sua participação na usina e propôs comprar as ações hoje nas mãos da Votorantim e Camargo Corrêa, a Gerdau também está na disputa. Ou seja, grandes empresas disputam entre si mais participação na Usiminas, mais um exemplo que mostra as mentiras deslavadas da direção da usina.