ECT e PT avançam na privatização dos Correios com a Correiospar

Enquanto atrasa pagamento da PLR, ECT destina R$ 300 milhões para nova empresa privada

Depois de criar a CorreiosPar às escondidas durante a Copa do Mundo, a direção dos Correios deu mais um golpe em prol da privatização disfarçada da empresa. Na reunião do Conselho de Administração da ECT realizada no dia 5 de novembro, o estatuto dessa empresa subsidiária foi aprovado, junto com um aporte de R$ 300 milhões. Esse dinheiro sai dos cofres dos Correios para financiar a nova empresa com o aval do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), e do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro (PT), sem que o estatuto sequer tenha sido apresentado para a categoria.

Esse é mais um passo para liquidar os Correios como conhecemos hoje. Visando apenas o lucro e o objetivo de chegar a 1% do PIB em 2020, a direção da ECT coloca as condições de trabalho e de vida dos ecetistas em segundo plano, seguindo a lógica das empresas privadas onde a exploração é a regra.

O desmonte dos Correios começou pelas agências com a constituição de uma financeira. Essa mudança já é realidade para os atendentes comerciais, que foram convocados para prestar uma prova de proficiência nas novas atividades que irão assumir, sem qualquer garantia de equiparação de carga horária ou salarial com os bancários. A venda de produtos já aumentou e não vai demorar até que as agências tenham que vender seguros, celulares, empréstimos financeiros e etc.

Privatização significa retirada de direitos e aumento da exploração para os trabalhadores

A CorreiosPar é uma empresa privada que servirá como subsidiária para que a ECT expanda sua atuação em outros ramos, através da compra e de sociedade com grupos privados. Apesar de estar submetida a Estatal e de ser financiada com dinheiro dos Correios, essa empresa vai operar com as regras da iniciativa privada. As contratações não serão via concurso público, os lucros serão apropriados privadamente e as condições de trabalho tendem a piorar cada vez mais.

Além disso, a tendência é que essa empresa atue nos setores mais lucrativos, como logística, banco postal, telefonia, com grande possibilidade de transferência de áreas que hoje são dos Correios, como as encomendas. Apenas o setor de cartas e telegramas continuará como monopólio da ECT.

A criação da CorreiosPar é um desdobramento da Medida Provisória 532/2011, proposta pelo governo Lula e aplicada no governo Dilma. Essa é parte da política defendida pelos governos petistas de transferir o lucro das estatais para serem apropriados diretamente pelo capital privado, assim como foi feito no leilão dos poços de petróleo de Libras, e as privatizações dos aeroportos.

Para aprovar a retirada de direitos, estes governos contam com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Apesar de ter sido criado pelos trabalhadores na década de 1980, hoje essa Central atua ao lado do patrão contra aqueles que a construíram. Por causa do seu rabo preso com o governo federal, a CUT não organizou a luta contra a MP 532 em 2011. Agora, na Campanha Salarial de 2014, os sindicatos ligados a essa central fraudaram assembleia para aprovar a proposta da empresa a qualquer custo e abandonaram a luta contra o CorreiosPAR, que era um das reivindicações centrais deste ano.

Neste momento, precisamos reunificar nacionalmente o movimento sindical dos trabalhadores dos Correios a partir da base e construir uma mobilização que vá para além da categoria, que consiga dialogar com os demais setores da classe trabalhadora. É preciso mostrar que as transformações pelas quais os Correios passam vão prejudicar muito a nossa categoria, mas também toda a nossa classe trabalhadora.

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Enquanto atrasa pagamento da PLR, ECT destina R$ 300 milhões para nova empresa privada

Depois de criar a CorreiosPar às escondidas durante a Copa do Mundo, a direção dos Correios deu mais um golpe em prol da privatização disfarçada da empresa. Na reunião do Conselho de Administração da ECT realizada no dia 5 de novembro, o estatuto dessa empresa subsidiária foi aprovado, junto com um aporte de R$ 300 milhões. Esse dinheiro sai dos cofres dos Correios para financiar a nova empresa com o aval do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), e do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro (PT), sem que o estatuto sequer tenha sido apresentado para a categoria.

Esse é mais um passo para liquidar os Correios como conhecemos hoje. Visando apenas o lucro e o objetivo de chegar a 1% do PIB em 2020, a direção da ECT coloca as condições de trabalho e de vida dos ecetistas em segundo plano, seguindo a lógica das empresas privadas onde a exploração é a regra.

O desmonte dos Correios começou pelas agências com a constituição de uma financeira. Essa mudança já é realidade para os atendentes comerciais, que foram convocados para prestar uma prova de proficiência nas novas atividades que irão assumir, sem qualquer garantia de equiparação de carga horária ou salarial com os bancários. A venda de produtos já aumentou e não vai demorar até que as agências tenham que vender seguros, celulares, empréstimos financeiros e etc.

Privatização significa retirada de direitos e aumento da exploração para os trabalhadores

A CorreiosPar é uma empresa privada que servirá como subsidiária para que a ECT expanda sua atuação em outros ramos, através da compra e de sociedade com grupos privados. Apesar de estar submetida a Estatal e de ser financiada com dinheiro dos Correios, essa empresa vai operar com as regras da iniciativa privada. As contratações não serão via concurso público, os lucros serão apropriados privadamente e as condições de trabalho tendem a piorar cada vez mais.

Além disso, a tendência é que essa empresa atue nos setores mais lucrativos, como logística, banco postal, telefonia, com grande possibilidade de transferência de áreas que hoje são dos Correios, como as encomendas. Apenas o setor de cartas e telegramas continuará como monopólio da ECT.

A criação da CorreiosPar é um desdobramento da Medida Provisória 532/2011, proposta pelo governo Lula e aplicada no governo Dilma. Essa é parte da política defendida pelos governos petistas de transferir o lucro das estatais para serem apropriados diretamente pelo capital privado, assim como foi feito no leilão dos poços de petróleo de Libras, e as privatizações dos aeroportos.

Para aprovar a retirada de direitos, estes governos contam com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Apesar de ter sido criado pelos trabalhadores na década de 1980, hoje essa Central atua ao lado do patrão contra aqueles que a construíram. Por causa do seu rabo preso com o governo federal, a CUT não organizou a luta contra a MP 532 em 2011.  Agora, na Campanha Salarial de 2014, os sindicatos ligados a essa central fraudaram assembleia para aprovar a proposta da empresa a qualquer custo e abandonaram a luta contra o CorreiosPAR, que era um das reivindicações centrais deste ano.

Neste momento, precisamos reunificar nacionalmente o movimento sindical dos trabalhadores dos Correios a partir da base e construir uma mobilização que vá para além da categoria, que consiga dialogar com os demais setores da classe trabalhadora. É preciso mostrar que as transformações pelas quais os Correios passam vão prejudicar muito a nossa categoria, mas também toda a nossa classe trabalhadora.