PARAMOS A PRODUÇÃO, OU SEJA, REALIZAMOS GREVES. OCUPAMOS VIAS PÚBLICAS, OU SEJA, PARTICIPAMOS DE PASSEATAS. LUTAMOS POR MAIS SALÁRIOS, DIREITOS, MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO, OU SEJA, PARA O ESTADO DO CAPITAL, SOMOS TODOS DA MESMA QUADRILHA

x24xPorrada, bombas de gás lacrimogênio, gás pimenta, balas, nem sempre só as de borracha que ferem, chegando a cegar, detenções, prisões. O crime? Lutar. Mais um crime? Pensar em lutar. Mais um crime? Se juntar mesmo sem se conhecer numa praça, numa avenida e juntos caminharem com faixas, bandeiras (e se forem vermelhas, aí a pena aumenta) denunciando a falta do básico para a população trabalhadora: saúde, transporte, educação, moradia.

x19xAlém disso, o fundamental para o Estado da classe economicamente dominante é tentar impedir que ação da classe trabalhadora consiga parar a fonte de lucro do Capital, isso significa que realizar greve nos faz sermos aos olhos do Capital “indivíduos de alta periculosidade”, classificados pelo Estado como “Forças Oponentes” pelo Manual do Ministério da Defesa publicado em dezembro de 2013.

x18xA República democrática do Estado da classe economicamente dominante garantiu através do aparelho do Estado manter instrumentos para tentar conter a luta do conjunto da classe trabalhadora: da porrada ao cárcere e avançam na institucionalização da criminalização das lutas dos trabalhadores contra a ordem do Capital, que para se manter, mata. Combinado a isso, o Estado se coloca como mediador de pactos sociais em que organizações que deveriam organizar a luta para enfrentar o Capital se submetem aos seus interesses, o resultado disso: derrotas para os trabalhadores, com a redução de salários e direitos e piora das condições de vida e trabalho.

x10xOs exemplos das formas institucionalizadas de criminalização se espalham: no Rio Grande do Sul o Judiciário com o apoio/conivência do governo do PT de Tarso Genro, indicia jovens por crimes contra o patrimônio público e por associação criminosa. Em São Paulo, o governo do PSDB de Geraldo Alckmin, amplia a repressão: dois são presos por participarem de manifestações, pessoas sofrem violência por carregarem livros de história nas mãos, por ocuparem as praças exigindo a libertação dos presos,x17x no interior do estado de SP, dirigentes sindicais são presos por mobilizarem os trabalhadores na Campanha Salarial, como aconteceu com os condutores em São José dos Campos. No Rio de Janeiro o Judiciário com a conivência do governo do PMDB mantêm 5 presos e a Policia procura mais 18 para novamente serem encarcerados. A acusação: formação de quadrilha, suspeitos de “pensarem” em atos de vandalismo, participarem de passeatas, defenderem juridicamente manifestantes sem cobrar por isso, se protegerem do gás pimenta com vinagre.

x14xTentam também transformar a solidariedade ativa às manifestações em crime, com suas pretensas legítimas investigações remontam aos argumentos utilizados pela Ditatura Militar para intervir nos Sindicatos, que na época tentava coibir a ação de solidariedade de classe, como aconteceu em São Paulo onde o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas sofreu intervenção ao ajudar a luta organizada pelos Químicos, à exemplo disso tentam hoje investigar Sindicatos que ajudaram a organizar a estrutura mínima para manifestações.

xMxTentam criminalizar trabalhadores que participaram de greves e manifestações em suas categorias. Trabalhadores e jovens que participaram, seja nas ruas do Rio, de São Paulo, do Rio Grande do Sul e tantas outras regiões do país das manifestações que desagradaram os governos de plantão, pois novamente mostraram que as coisas não vão nada bem para quem precisa do hospital, do transporte, da educação, enfim dos básicos serviços que deveriam ser públicos e de qualidade e cada vez mais são precarizados, para se transformarem em mercadoria rentável ao Capital.

TUDO PARA NÃO ATRALHAR A ORDEM DO CAPITAL

x1xQuerem transformar em crime, uma das ações mais temidas pelo Capital a paralisação de sua fonte de lucro, ou seja, para tentar a todo custo evitar que as greves aconteçam lá está o Estado com seu Judiciário sempre tão prestativo pronto a despachar interditos proibitórios tentando evitar que as paralisações aconteçam e caso aconteçam já estão lá em seus despachos as milionárias multas contra os Sindicatos e as demissões como aconteceu recentemente com os metroviários em São Paulo. Junto a isso a presteza da Policia Militar sempre eficiente em proteger na base da violência a propriedade privada do Capital: suas fábricas, suas terras, seus bancos e comércios.

x3xO Estado, através do governo democrático e popular do PT, aproveitou a Copa para mais um passo na institucionalização da criminalização das lutas: através do Ministério da Defesa, criou o “Manual Unificado das Forças Armadas para Garantia da Lei da Ordem”, que define como “Forças Oponentes”, além de quadrilhas de traficantes de drogas, contrabandistas de armas e munição, também organizações e movimentos sociais. Entre as ações que podem ser consideradas crime, estão lá a paralisação de atividades produtivas e o bloqueio de vias públicas, ou seja, querem enquadrar como crime, a greve, a passeata, o movimento da classe.

SEUS MANDATOS DE PRISÃO, SUAS BOMBAS E BALAS, NÃO VAO NOS FAZER PEDIR LICENÇA PARA LUTAR

x16xNão somos criminosos, criminoso é o sistema que se mantém explorando a força de trabalho do conjunto da classe trabalhadora, nos processos desumanos de produção que adoecem e matam os trabalhadores, criminosos são os que escondidos atrás da farda matam nossas crianças e jovens nas periferias. Criminoso é o Capital e seu Estado que sobrevive a custa de explorar, reprimir e tentar submeter os trabalhadores.

x8xNossa resposta à suas indecentes sentenças, aos seus ridículos argumentos de mandatos de prisão, a sua repressão que agride e mata é continuar a pertencer à “quadrilha” que existe há séculos, que em luta garantiu direitos, salários, redução da jornada, que se enfrenta contra a ordem assassina de um sistema que sobrevive matando os trabalhadores e os filhos de nossa classe.

 

 

PROCUREM A TODOS NÓS, POIS A LUTA VAI CONTINUAR:

x13xCONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DOS TRABALHADORES E DE TODOS QUE LUTAM.

LIBERDADE PARA OS TRABALHADORES E JOVENS PRESOS

PUNIÇÃO AOS AGENTES DO ESTADO QUE ATRAVÉS DA FORÇA FEREM, MATAM E ATENTAM CONTRA OS DIREITOS DA POPULAÇÃO TRABALHADORA.

A LUTA SEGUE E SE AMPLIA POR MAIS SALÁRIOS, DIREITOS, MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E VIDA.

A CADA LUTA DE NOSSA CLASSE AMPLIÁ-LA PARA A LUTA MAIOR POR UMA OUTRA E NECESSÁRIA SOCIEDADE SOCIALISTA.