Gevisa: greve de 20 dias arranca todas as reivindicações
Por Sindicato dos metalúrgicos de Campinas e Região – Terça, 03 Junho 2014 12:22
Terminou no dia 02/06, depois de 22 dias, a greve dos trabalhadores na Gevisa.
A greve garantiu PLR de R$ 8 mil, ou seja, um ganho de 45,45% em relação a 2013.
O Vale Cesta foi reajustado em 24%, e o convênio médico foi alterado, assegurando mais consultas.
A empresa se comprometeu a desterceirizar a Caldeiraria, terceirizando apenas o excedente da produção no setor.
O restaurante será reformado e haverá mais fiscalização na qualidade da alimentação.
Sobre o fim do assédio moral, a Gevisa se comprometeu a mudar seu modelo de gestão.
O acordo prevê 120 dias de estabilidade.
Organização e Mobilização
Durante a greve, a empresa abriu todos os portões da fábrica e, com fretados escoltados pela PM, forçava os trabalhadores a entrar na fábrica.
Apesar das ameaças como telefonemas em casa, mensagens por celular, cartas indicando um 0800 pra quem quisesse voltar ao trabalho, os companheiros não se intimidaram, garantindo as conquistas.
Gevisa: greve completa 15 dias
Segunda, 26 Maio 2014 17:50
Os companheiros em greve na Gevisa, iniciada no dia 12/05, continuam firmes.
E a mobilização dos companheiros é tanta que na última sexta-feira (23), a truculência da empresa aumentou ao ponto de abrir todos os portões de entrada da fábrica, o que não é usual, e com duas vans e dois ônibus, escoltados por dez viaturas da PM, forçar os trabalhadores a entrar na fábrica. Por pouco um dirigente sindical não foi atropelado.
Ainda assim, e apesar das ameaças como telefonemas recebidos em casa, mensagens via celular, cartas indicando um 0800 à disposição dos trabalhadores, enfim, apesar de todo tipo de intimidação, os companheiros seguem firmes na greve, que é por tempo indeterminado.
Nesta segunda-feira (26/05), houve reunião entre o Sindicato e a empresa e foi aberto um processo de negociação.
A PM não está mais na fábrica e empresa também retirou a segurança terceirizada. Porém, ainda não houve uma proposta da empresa capaz de atender as reivindicações dos trabalhadores, e capaz de por fim à greve.
Saiba mais
No dia 5/5, os cerca de 1300 trabalhadores já haviam cruzado os braços para pressionar a empresa para que cumprisse o que ficou acordado sobre pauta de reivindicações nas reuniões com o Sindicato.
Um dos itens é assédio moral: a pressão é intensa e as horas extras são obrigatórias. Consequência desta situação é aumento de acidentes.
Desde a paralisação realizada no mês passado até hoje, já aconteceram 3 acidentes que resultaram afastamento de trabalhadores.
Outro ponto em questão é que a empresa se comprometeu a desterceirizar os serviços de Caldeiraria. Porém, o setor continua terceirizado.
Além destes, os trabalhadores reivindicam também melhorias na alimentação servida e no restaurante. As exigências da Vigilância Sanitária não são aplicadas e ratos foram novamente encontrados no local. Lembrando que já houve inclusive morte por intoxicação alimentar nesta fábrica, em 2010.
Por todos estes motivos e também pela reprovação da proposta de pagamento da PLR, do Vale Cesta e da empresa ter ignorado a reivindicação do Convênio Médico, os companheiros decidiram pela greve.