CDD CIC paralisa em protesto contra demissão de um trabalhador em período de experiência
O CDD CIC voltou a cruzar os braços nessa quarta-feira (11) em protesto contra a demissão de um trabalhador em período de experiência. A unidade se mantinha em estado de greve desde o dia 18 de junho, quando a categoria realizou uma paralisação de 24h para protestar contra a truculência da chefia.
A paralisação de hoje foi motivada pelo anúncio da demissão de um trabalhador que ainda cumpria o período de experiência. Indignados com a situação, os outros trabalhadores pediram esclarecimento ao gerente no horário do almoço, mas ele se recusou a dar qualquer explicação. Diante da intransigência, os ecetistas realizaram uma assembleia em frente ao CDD e decidiram cruzar os braços e permanecer fora da unidade até que o gerente justificasse a decisão.
Enquanto a categoria aguardava uma resposta, a gerência mostrou novamente sua truculência, cortou o ponto dos trabalhadores e chegou a ameaçar que todos ganhariam falta por insubordinação.
Os trabalhadores do CDD CIC não recuaram diante dessa ameaça e permanecem mobilizados. Eles desconfiam que a demissão foi uma perseguição política ao trabalhador, que participou de assembleias e atividades do sindicato. Por isso, reivindicam que a avaliação do trabalhador seja revista e que a Empresa apresente os critérios usados para optar pela demissão.
Luta contra o assédio e perseguição
Essa não é a primeira vez que os trabalhadores enfrentam a truculência da gerência no CDD CIC. No dia 18 de junho, a unidade parou por 24h para protestar contra as imposições absurdas e as perseguições por parte chefia. Graças à união da categoria, a greve fez com que a Empresa contratasse 13 novos trabalhadores e assumisse o compromisso de aceitar atestados médicos sem exigência de CID, garantir condições de trabalhadora para uma ecetista gestante e a rever a entrega das correspondências atrasadas da Copel, que não foram entregues no prazo normal por erro ou insuficiência de endereço.
Entretanto, uma das principais reivindicações, a substituição da gerência truculenta, não foi atendida plenamente. Os negociadores da Empresa não quiseram dar `o braço a torcer`, mas fizeram com que o gerente pedisse desculpas publicamente e afirmaram que ele seria mantido sob avaliação por um período.
Por isso, os trabalhadores suspenderam a paralisação, mas decidiram manter o estado de greve permanente para acompanhar a avaliação. A decisão, definida em assembleia realizada no dia 18 de junho, garantia que, caso o gerente cometesse novos atos de assédio e truculência, os trabalhadores voltariam a cruzar os braços.