Os petroleiros da Revap, em São José dos Campos deflagraram greve de 24h na manhã desta quarta-feira, 26, em mobilização da Campanha Salarial 2012. A greve já havia sido aprovada pela categoria em rodada de assembleias anteriores a reuniões com a Petrobras em que a empresa não apresentou proposta que contempla as reivindicações da categoria. Na Revap, o turno aderiu forte à greve. Houve adesão também no HA e dos companheiros do gás, em Taubaté, onde os trabalhadores das empreiteiras aderiram ao movimento em solidariedade.
À princípio, a paralisação é de 24h, mas amanhã os trabalhadores farão uma nova avaliação da greve a nível nacional em todas as unidades do sistema Petrobras. A paralisação pode continuar por tempo indeterminado.
A greve segue o indicativo da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), que estabeleceu para esta quarta-feira, 26, um Dia Nacional de Lutas a fim de que a multinacional Petrobras apresente uma proposta digna de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Os petroleiros reivindicam:
- Reposição da inflação medida pelo ICV/DIEESE – 5,99%;
- 10% de aumento a título de produtividade e ganho real;
- Piso salarial conforme o Salário Mínimo do DIEESE – R$ 2.520,67;
- Incorporação da remuneração variável ao salário;
- Isonomia, anistia aos perseguidos políticos;
- Contratação de mais trabalhadores para segurança operacional;
- Mais investimentos em manutenção;
- Fim da discriminação entre trabalhadores da ativa aposentados e entre empresas do grupo Petrobras;
- Melhorias na Assistência Médica (AMS), correção das distorções e ataques do fundo de previdência complementar da categoria aos assegurados e outros pontos.
Parabéns aos companheiros mobilizados! Só com união e luta nós vamos barrar os ataques da Petrobras sobre os direitos constituídos da categoria e avançar sobre a intransigência do RH corporativo em apresentar uma proposta que rompa com o maniqueísmo patronal. Só a luta muda a vida, companheiros! Vamos em frente!
Greve nas bases da FNP
Litoral Paulista
No Litoral Paulista, os trabalhadores cruzaram os braços na RPBC, nos Terminais Alemoa, Pilões e Tebar. Na UTGCA, houve corte de rendição com adesão de 100% dos operadores. A média de participação dos petroleiros do ADM também foi alta: cerca de 90% dos empregados não compareceram ao trabalho. Em duas bases, Alemoa e Pilões, os terceirizados se somaram à paralisação. Nos prédios administrativos da UO-BS, a mobilização atingiu o Edisa Palazzo, onde houve adesão parcial dos trabalhadores.
Nas plataformas da Bacia de Santos (Merluza e Mexilhão), a emissão de PT (Permissão de Trabalho) foi suspensa a partir da zero hora de hoje, assim como os serviços de rotinas. Além disso, foram mantidas apenas as atividades para manutenção da segurança e habitabilidade das plataformas. Os embarques de hoje não serão suspensos, mas os grupos que embarcarem irão manter o movimento grevista.
Alagoas/Sergipe
Em Sergipe, os petroleiros da UTGN, em Carmópolis, deflagraram greve de 24h com participação dos petroleiros terceirizados das contratadas. Na sede (Rua Acre) e no Complexo de Atalaia (Tecarmo), foram realizadas paralisações de duas horas. Em Alagoas, houve atraso na estação do Pilar. A previsão é de que as mobilizações sejam estendidas, a partir de amanhã, 27, para outras bases como a estação de Furado, Carmópolis e Fafen.
Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá
Na base do Sindipetro-PA/AM/MA/AP, os trabalhadores da Transpetro Belém deflagraram greve com adesão de 100% do Turno e 75% do ADM. No Prédio Alcindo Cacela, foi realizada paralisação de 3h com adesão de 50% do ADM. Em Urucu, foi realizado corte na emissão de PT (Permissão de Trabalho). Na sede, em Manaus (UO/AM), os petroleiros do ADM atrasaram o expediente em duas horas.
Rio de Janeiro
Na base do Sindipetro-RJ, os trabalhadores do TABG e de Angra dos Reis cruzaram os braços logo pela manhã, atrasando o início do expediente em uma hora.