EM DEFESA DA VIDA DA CLASSA TRABALHADORA SOMOS A FAVOR DO BANIMENTO DO AMIANTO JÁ!

EM DEFESA DA VIDA DA CLASSE TRABALHADORA

SOMOS A FAVOR DO BANIMENTO DO AMIANTO JÁ

A INTERSINDICAL- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, que reúne diversas categorias em todas as regiões do país, como metalúrgicos, químicos, têxteis, professores, operários na construção civil, funcionários públicos, bancários, sapateiros, urbanitários, vem se manifestar a cerca da questão lançada pelo Supremo Tribunal Federal: Que trabalhadores são contra e que trabalhadores são a favor da comercialização do amianto no Brasil e por quê?

Diferente dos lobistas representantes dos setores das indústrias e do comércio utilizadores da fibra, nós estamos nos locais de trabalho e sabemos para além da vasta literatura e pesquisa científica que comprova não haver utilização segura, conhecemos os danos irreparáveis e irreversíveis (pois não há como reverter a morte) que o amianto tem causado a milhares de trabalhadores.

Qualquer exposição por mínima que seja vai ao longo do tempo provocar as mais diversas doenças decorrentes de tal exposição. Vivemos isso em tantos lugares e ramos diversos, aqui apenas um exemplo: na empresa Avibras (indústria que tem sua principal planta em Jacareí, interior de São Paulo) num intervalo de menos de 5 anos perdemos dois companheiros vitimas de mesotelioma. Os dois trabalharam expostos ao amianto e tiveram os primeiros sintomas da doença anos depois de suas demissões. Pois assim é: a fibra assassina em grande parte dos casos se esconde por anos e quando se mostra, vem acompanhada de seu arsenal fatal.

Na maioria dos locais de trabalho sequer há acompanhamento dos trabalhadores e quando esses adoecem muitos já foram demitidos. Não há reconhecimento das doenças por parte das empresas e as dificuldades para garantir o reconhecimento da Previdência Social relacionando o nexo entre a doença e o trabalho são enormes. Estamos aqui falando da enorme dificuldade em garantir as mínimas reparações àqueles que já foram expostos.

A retórica dos porta-vozes da indústria da morte em defesa do emprego, logo revela seu conteúdo: os que hoje se utilizam do argumento que a proibição da produção, comercialização e utilização do amianto geraria demissões em massa, o fazem da mesma maneira quando em tempos de crise do Capital se utilizam das demissões para arrochar salários e diminuir direitos.

Os aliados dos defensores da fibra presentes no movimento sindical, ao longo das últimas décadas já mostraram que seu interesse está intimamente ligado aos interesses das empresas e não da defesa dos direitos dos trabalhadores. Não há emprego, quando a imposição da função provoca doença e morte.

É preciso estar vivo para trabalhar, é preciso estar vivo para lutar em defesa do emprego, por direitos e melhores condições de trabalho. É preciso banir o amianto, ação concreta em defesa da saúde e da vida da classe trabalhadora