TRABALHADORES DA SAÚDE DE VÁRZEA GRANDE EM MOVIMENTO

Nesta segunda feira os médicos(as) que trabalham no município de Várzea Grande entraram em greve, são 7 meses de movimentações, paralisações e enfrentamentos com a prefeitura municipal.

Salários Arrochados, péssimas condições de trabalho, intensidade nos atendimento, perseguições e assédio moral, atraso nos pagamentos, e redução salarial. Problemas que são comuns a todos(as) os trabalhadores da Saúde em Várzea Grande.
Contratados ou concursados, terceirizados, pouca distinção é feita pela prefeitura, quando se trata em desrespeitar os direitos dos trabalhadores. Realidade que não é só de Várzea Grande, e nem só na Saúde, mas a realidade dos trabalhadores do Estado (em qualquer esfera, seja Municipal, Estadual ou Federal em diferentes serviços “essenciais” ou não. Professores Municipais, Federais e Estaduais, Técnicos Administrativos estão neste momento construindo uma greve geral na Educação.)

Só a unidade dos trabalhadores, para além das categorias, pode mudar a realidade e manter direitos.

É necessário unificar as lutas dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, médicos, seguranças, copeiros, criar mecanismos de articulação “intersindicais” entre as categorias, para fazer pautas comuns ou específicas de reivindicação, para aumentar a pressão política de qualquer pauta de qualquer categoria em específico ou de todas ao mesmo tempo e na mesma negociação.
É preciso reconstruir a solidariedade entre as categorias, afinal de conta os salários são diferentes, mas todos são assalariados do mesmo patrão no caso a Prefeitura Municipal em Várzea Grande.

E a população trabalhadora que depende exclusivamente das unidades públicas, vão sofrer com a GREVE?

Faltam medicamentos e meios necessários para efetuar um bom atendimento aos usuários no pronto socorro municipal, medicamentos necessários, faltam nas unidades básicas de saúde.
Ou seja o atendimento a população já esta comprometido, mesmo sem as categorias em luta ou em greve, a falta de condições de trabalho, e salários, tornam menos atrativo o trabalho nas unidades de saúde. Falta ampliação dos leitos, e a intensidade que são submetidos os profissionais de saúde e a falta de profissionais em várias áreas já fazem o atendimento ou a cobertura das unidades públicas de saúde insuficiente, causando mortes, desespero e piorando a vida dos trabalhadores usuários.

É preciso, dialogar com os usuários, sobre de quem é a responsabilidade com os trabalhadores que necessitam da saúde pública, fazer que eles se unam as lutas, para aumentar a pressão política das reivindicações apresentas. Construir passeatas, dialogar sobre as condições de saúde e de trabalho nos bairros, é preciso unir-se aos trabalhadores usurários, para exigir da prefeitura, melhores condições de saúde.
A greve é um instrumento necessário e legítimo para exigir melhores condições de trabalho e melhores condições de vida dos trabalhadores.

junho nossa luta 2

E os Sindicatos?

A maioria dos trabalhadores das unidades de saúde, são representados por sindicatos que não cumprem sua função na organização da categoria, não fazem campanhas salariais, nem mobilizações, as vezes fazem Greves, como no caso da enfermagem, porém só o fazem quando os trabalhadores de base pressionam.

A burocratização das direções sindicais, aos partidos políticos e patrões, as centrais sindicais, é um dos fatores que explicam as dificuldades que enfrentamos em nossos locais de trabalho.

A maioria dos sindicatos, enganam os trabalhadores a serviço dos patrões, como é o caso do SISMA-MT sindicato que representa os servidores da saúde estadual e que não organizou os trabalhadores da saúde estadual para enfrentar as OSS.
Só os sindicatos dos dentistas e médicos das categorias da saúde, se envolveram de fato nessa luta.
Mesmo assim, fazem todo o possível para desmobilizar os trabalhadores a convencê-los aceitar qualquer tipo de acordo, adoram fazer cena, as vezes fazem campanhas mais amplas como no caso das “30” horas semanais para enfermagem, porém não levam a organização da categoria pela base, como algo fundamental para conquistar direitos.

São sindicatos sem autonomia e independência de classe, o que significa não ter autonomia em relação aos partidos políticos e a centrais sindicais, e não ter independência em relação ao Estado e aos patrões. Estão ligados aos interesses eleitorais e fazer a política de conciliação de classes dos seus partidos, centrais e gestores públicos, que calam as representações sindicais, para conseguir, diminuir, perseguir e explorar os trabalhadores.

Centrais sindicais, como a CUT, que foi a esperança de um conjunto expressivo de trabalhadores e hoje é a representante do governo no movimento sindical, contribuindo com a diminuição salarial no funcionalismo
público federal.

Um exemplo claro de burocracia sindical é a Força Sindical, central que orienta as ações do SESSANT-MT, sindicato que anda aceitando todos os acordos mais rebaixados, este sindicato representa grande parte dos trabalhadores, fundamentais para garantir o funcionamento das unidades de saúde públicas e privadas (Maqueiros, seguranças, trabalhadores dos laboratórios, cozinheiros(as), secretarias)

É possível se organizar os trabalhadores sem ajuda dos sindicatos?

Precisamos criar mecanismos de reuniões mesmo que clandestinas para a organização dos trabalhadores, enfermeiros(as), técnicos de enfermagem, maqueiros e seguranças. Organizando a partir dos locais de trabalho com todos os trabalhadores (as) que estiverem dispostos a lutar.
Nossa proposta ao conjunto da classe trabalhadora é que em nossas lutas diretas precisamos construir nossa AUTONOMIA DE CLASSE, fazer greves e enfrentamentos coletivos, criar oposições sindicais, com objetivo de retomar os sindicatos para as lutas dos trabalhadores!

Greve? Greve geral!

Médicos já estão em greve, técnicos de enfermagem apontam indicativo de greve , é preciso unificar os movimentos grevistas, e a população para aumentar a pressão sobre a prefeitura e conquistar neste período eleitoral maiores direitos ao conjunto dos trabalhadores da saúde que atuam no município de Várzea Grande!

Podemos enquanto INTERSINDICAL contribuir com o processo de luta e organização entre em contato conosco. Entre em contato conosco: 8137-8367; 9642-0519; 9905-9650

Para ver o panfleto dos companheiros da INTERSINDICAL no MT em pdf acesse aqui!