Na semana do 28 de abril trabalhadores se colocam em movimento para relembrar seus mortos e lutar pela vida

Os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas, Limeira e Santos, o Sindicato dos Trabalhadores na construção civil de Campinas que paralisou as obras de ampliação da Refinaria da Petrobras em Paulínia juntos com a Intersindical organizaram paralisações em várias fabricas como TRW, Fumagalli-Faurecia, KS Pistões, Villares Metals e Usiminas, também realizamos passeata pelo centro e manifestação no INSS na cidade de Campinas.

As mobilizações aconteceram durante a semana do 28 de abril que além de marcarem essa data de luta internacional da classe trabalhadora, dão continuidade ao enfretamento contra as péssimas condições de trabalho impostas pelo Capital contra a classe trabalhadora.

Para a Intersindical e os sindicatos que fazem parte de sua construção essa é uma luta permanente contra esse sistema que se mantém na exata medida que explora, adoece e mata os trabalhadores.

SEJA NAS USINAS, NAS FABRICAS, NOS CANTEIROS DE OBRAS O CAPITAL SEGUE MANTANDO

O trabalhador Arenaldo Ferreira de Jesus tinha 64 anos, funcionário de uma das dezenas de empreiteiras que estão dentro da Usiminas caiu de uma altura de 3 metros numa boca de lobo no setor da fabrica conhecido como chapão no dia 29 de março, só nesse ano 4 trabalhadores morreram vitimas das péssimas condições de trabalho impostas pela Usiminas.

Já são mais de 50 mortes dentro da Siderúrgica desde 1993, esse é um dos exemplos que se espalham pelas fabricas, usinas, canteiros de obra, no Brasil e no mundo, é o Capital ampliando seus lucros na exata medida que aumenta a exploração contra a classe trabalhadora.

Nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) o que se acelera são as péssimas condições de trabalho, os acidentes e mortes, os alojamentos desumanos, diante disso os trabalhadores se colocam em movimento em greves que se espalham em diversas obras pelo país afora.

As grandes empresas se utilizam da terceirização, precarizam cada vez mais as contratações e as condições de trabalho como forma de baratear ainda mais o preço da força de trabalho e com isso não só conseguem arrochar os salários, como também adoecer e matar os trabalhadores.

Só vamos parar de contar nossos mortos vitimas do processo de trabalho organizado pelo Capital avançando a luta contra esse sistema que se mantém na exata medida que amplia o ataque aos/as trabalhadores.

As ações de mobilização em Defesa da Saúde e da Vida da Classe Trabalhadora retomadas em fevereiro em que a Intersindical é parte da organização junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e também São José dos Campos, vão se intensificar para ampliar a luta por:

  • Redução da Jornada de Trabalho, sem redução salarial
  • Mais direitos e para todos
  • Melhores condições de trabalho
  • Proteção a saúde e a vida dos trabalhadores
  • Punição, interdição das empresas que lesionam e matam os trabalhadores

Contra a reforma da Previdência que ataca os direitos dos trabalhadores. Fim das normas internas do INSS que protegem os patrões e atacam os trabalhadores lesionados.