SOLIDARIEDADE ATIVA AOS TRABALHADORES NA PREVIDENCIA

– EM DEFESA DO DIREITO DE GREVE

– EM DEFESA DAS 30 HORAS

– CONTRA A PRODUTIVIDADE E A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Os trabalhadores e trabalhadoras na Previdência estão em greve desde o dia 06 de junho em defesa da jornada de trabalho, contra as investidas do governo em impor a produtividade e a avaliação de desempenho, o aumento da jornada e a redução de salários.

A greve mais uma vez além de colocar as questões especificas da categoria também denuncia as ações do governo Lula que vão contra os direitos do conjunto da classe trabalhadora. Ações como a alta programada, mecanismos criados para dificultar o direito à aposentadoria, além da falta de condições de trabalho e de concurso público para contratação de novos funcionários.

O governo Lula tenta impor ao funcionalismo público o que as empresas privadas fizeram contra os trabalhadores através da reestruturação produtiva: avaliação por desempenho, produtividade, aumento da jornada, são mecanismos utilizados pelos patrões para garantir através da intensificação do trabalho maiores lucros.

No Estado essa medida visa “atender” um maior número de trabalhadores no menor tempo possível, além disso, o atendimento hoje em boa parte se faz de maneira virtual. O governo faz propaganda do novo atendimento e tenta ocultar que o protocolo recebido no atendimento em nada tem a ver com a garantia dos direitos.

Ao contrário, as medidas do governo vão no sentido de manter a alta programada, não caracterizar os acidentes e doenças provocadas pelo trabalho e dificultar ao máximo o direito a aposentadoria.

O Estado para ajudar o Capital a sair de sua crise tem reduzido drasticamente o orçamento público. Bilhões para empresas e bancos, empréstimos a 0% de juros, redução de impostos e em contrapartida congelamento dos salários do funcionalismo publico e corte dos gastos nos serviços essenciais como saúde, educação, previdência, reforma agrária.

Nessa greve o governo se utilizou do judiciário e da repressão policial para tentar barrar o movimento. Liminares com o objetivo de não permitir a greve, ação da policia federal e militar para tentar impedir o avanço da mobilização. Portanto a primeira vitória do movimento foi não se submeter e construir a greve nacionalmente.

Mesmo com todas as investidas do governo a greve se consolidou, são 21 estados presentes na mobilização e é fundamental levar a solidariedade ativa do conjunto da classe trabalhadora.

A Intersindical sempre esteve presente nas lutas dos trabalhadores na Previdência e nessa greve tem ajudado diretamente nas mobilizações a partir dos locais de trabalho para ampliar o movimento, agora é preciso ampliar essa solidariedade ativa a todas as organizações do movimento sindical e popular que não sucumbiram a parceria com os patrões e a submissão ao governo Lula.

Já a CUT se omite ou trabalha diretamente para tentar frear o movimento, pois estava lado a lado do governo na proposta que tenta acabar com um direito histórico da categoria conquistado através da luta que é a jornada de 30 horas.

Portanto nossa solidariedade se materializa no dia a dia nas regiões onde a Intersindical está presente junto aos companheiros que estão em luta por reivindicações legitimas para a categoria e em defesa dos direitos da classe que estão cada vez mais ameaçados pelas ações do Capital com o respaldo do governo Lula.

Seguir com a coragem que enfrentou a intervenção do Estado através da ação direta do governo e da Justiça, ampliar os laços com o conjunto da classe, ampliar a luta por nenhum direito a menos, a Intersindical está junto com os/as previdenciários.