Sindicatos explicaram as consequências da falta de condições de trabalho
Os trabalhadores públicos municipais realizaram, no início da manhã de hoje, a segunda manifestação “relâmpago”, definida em assembléia da categoria.
A atividade atrasou em uma hora a entrada na Creche do Parque Santo Antonio, um dos bairros mais populosos da cidade.
Durante a assembléia na porta da creche, os sindicatos que representam a categoria falaram sobre o motivo da assembléia. Informaram que as atividades têm o objetivo de mobilizar os trabalhadores por reajuste salarial e esclarecer a população das conseqüências do arrocho salarial na prestação de serviço.
Antes de entrarem com os filhos na creche, os pais ouviram os sindicalistas e apoiaram a luta contra o sucateamento do serviço público. Muitos pais reclamaram da demora da entrega da reforma da UBS do bairro, que funciona em prédio improvisado (a cozinha e o banheiro em um container), devido ao atraso da obra.
Truculência – Pessoas ligadas à administração (que ocupam cargo de indicação política) tentaram dificultar a conversa dos sindicalistas com a população. Três viaturas da Guarda Municipal foram chamadas, mas chegaram quando a atividade havia sido encerrada.
Outras – Nos próximos dias serão realizadas novas manifestações. Na terca-feira (07), os trabalhadores vão à Câmara fazer novo protesto contra a atual administração (PT-PPS) pela condução da campanha salarial.
A primeira – Ontem (01), na primeira manifestação “relâmpago”, o setor operacional do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) parou durante toda a manhã. As paralisações foram aprovadas em assembléia, após a rejeição da proposta de reajuste de 3,15% feita pela prefeitura no dia 30 de março. Os trabalhadores ficaram indignados com o fato do prefeito abater o anuênio e o plano de carreira do servidor no cálculo do índice de inflação. Ou seja: usar a campanha salarial para, aos poucos, acabar com esses benefícios (retirada de direitos) e brincar de negociação.
Reivindicação – Os trabalhadores reivindicam 20% de reajuste (para reposição das perdas – média- de 2001 a 2008); reajuste do ticket-refeição para R$ 9,50 (hoje é de R$ 5,44) e repasse do valor de R$ 81,25 para o cartão alimentação, valor esse pago para o fornecedor das cestas básicas.
Na proposta da prefeitura (rejeitada pelos trabalhadores), além 3,15%, consta apenas reajuste de R$ 0,76 no ticket-refeição (que iria para R$ 6,20) e R$ 4 no cartão alimentação, que passaria para R$ 70,00.
Williams Clementino de Sousa
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