As balas do Estado não estão perdidas, elas têm alvo: os pobres

Sandra  Maria Gomes, de 61 anos foi assassinada numa operação da Polícia Militar em Niterói/RJ quando ia buscar seu neto na creche, esse assassinato aconteceu no final de 2019.

No início de 2020, Lisete Pereira de 78 anos, foi morta no quintal de sua casa, também em Niterói, Lisete, mãe e avó, continuava trabalhando como faxineira para ajudar no sustento da família, e foi alvo das balas que não estão perdidas, elas têm seu alvo: os pobres.

As balas buscam os pobres e seus filhos: ainda em janeiro, a menina de 8 anos, Anna Carolina de Souza Neves, foi assassinada deitada no sofá da sala de sua casa. Ao lado da mãe e do pai, a pequena de 8 anos foi atingida na cabeça pela bala que não está perdida em mais uma ação policial, dessa vez em Belford Roxo na Baixada Fluminense.

Elas têm nome, tem uma história, seja Sandra e Lisete, são trabalhadoras, e a pequena Anna Carolina é filha de trabalhadores, em todas elas foi cravado um alvo no peito: são pobres. Esse é o alvo que a covardia da repressão do Estado tem gosto em atacar, repressão que aumentou sob o governo de Wilson Witzel no Rio de Janeiro sob governo de Bolsonaro.

Essas vidas são vítimas da política desses governos que em nome do falso combate ao crime, têm assassinado mulheres, crianças, trabalhadores. Mais do que consternação, é preciso se colocar em movimento contra a ação desse Estado que mata quem é negro, pobre e trabalhador, enquanto os que se fartam com a riqueza produzida pela retirada de direitos, pelo arrocho salarial, pelas péssimas condições de vida e trabalho da classe trabalhadora, estão protegidos em suas mansões e condomínios fechados.