NÃO É COMBATE AO TERRORISMO, É MAIS UM ATAQUE PARA ATENDER AOS INTERESSES DO CAPITAL

Na madrugada do dia 03 de janeiro o presidente dos EUA Donald Trump ordenou um bombardeio no aeroporto de Bagdá; atingiram seu alvo, assassinaram o general iraniano Qassem Soleimani e também mais outras seis pessoas,

Trump, para tentar justificar o ataque, se utiliza da retórica imperialista de sempre, alegando combate ao terrorismo e comemorou os assassinatos nas redes sociais. Em sua primeira declaração oficial vomitou mais do que um discurso xenófobo: afirmou sua política de impor ao mundo o que interessa à principal economia do Capital. Junto a isso, tenta desviar o foco das atenções do processo de impeachment contra ele que corre no Congresso americano

Novamente é por petróleo, novamente é pelos interesses capitalistas: em novembro de 2019, o Irã descobriu novas reservas de petróleo, um novo campo petrolífero no sudoeste do país, com reservas de 53 bilhões de barris de petróleo. O Irã possui uma das maiores reservas de hidrocarbonetos do mundo, tanto de petróleo, como de gás, e é nisso que se encontra a essência das sanções dos EUA contra o país, é nisso que se encontra a essência do ataque que ocorreu em 03 de janeiro.

No início dos anos 2000, os EUA aprofundaram o ataque aos países do Oriente Médio para garantir melhores condições para que as grandes multinacionais se apropriassem de petróleo e, para além disso, garantir mais lucros para sua indústria da morte, as grandes indústrias de armamentos; assim impuseram mais uma guerra imperialista que matou centenas de milhares de homens, mulheres, jovens e crianças. Foi assim no início dos anos 2000, no Afeganistão, país que que está na rota dos principais campos de petróleo, foi assim no Iraque, outro país que está entre os maiores exportadores de petróleo do mundo.

Um mar humano ocupa as ruas no Irã em reação contra mais um ataque imperialista: o funeral de Soleimani se transformou em protestos gigantescos, centenas de milhares de iranianos ocupam as ruas do país exigindo reação contra os ataques do governo americano.

Durante o funeral, mais tristeza ao povo iraniano, pois mais 50 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na aglomeração.

O parlamento no Iraque decidiu pela retirada das tropas americanas do país, o Irã assumiu os ataques no Iraque em bases americanas que ocorreram no dia 07 de janeiro e, enquanto isso, Trump proíbe a entrada do embaixador do Irã em Washington para reunião da ONU e segue com as provocações e ameaças de mais ataques ao Irã, dizendo que já tem no mínimo de 50 alvos contra o país

No Brasil, mais subserviência do governo aos interesses dos EUA: nada há nada de novo na declaração do governo Bolsonaro, em que faz coro com o governo americano no falso combate ao terrorismo e, depois das reações do Irã, diz que quer manter relações comerciais com o país, ou seja, é o governo do culto ao ódio e às armas, subserviente aos interesses imperialistas sendo capacho da campanha de guerra dos EUA.

Dentro dos EUA várias manifestações aconteceram contra a ação do governo Trump no Oriente Médio, denunciar o terrorismo institucional do Estado americano é preciso e, para além das cercas das nações, é preciso ampliar a luta contra as ações dos Estados que a serviço do Capital, exterminam direitos, empregos, se utilizam das guerras para destruir vidas e aumentar ainda mais a exploração contra a classe trabalhadora no mundo inteiro.