Por Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo
A sétima edição do encontro dos trabalhadores radialistas do interior teve início hoje, 15 de julho, na cidade de Campinas, com o tema A crise é cibernética?.
Sérgio Ipoldo, que coordenou a mesa de análise de conjuntura, aproveitou o momento para esclarecer aos integrantes do encontro sobre a atual situação da Campanha Salarial que está em curso e contextualizou a intransigência dos patrões com a situação política em que estamos.
Eliezer Mariano, da Intersindical, fez sua colaboração na discussão comparando o momento que podemos viver em breve, com há 8 anos atrás, quando estourou uma crise em todo o mundo. “Podemos daqui pra frente passar algo parecido com o que aconteceu em 2007, 2008, 2009, as crises são cíclicas, elas sempre virão, e o capital sempre vai tentar achar uma saída onde os trabalhadores paguem por elas”, afirmou o sindicalista.
Exemplo disso, para Eliezer, são pautas como a terceirização irrestrita e a reforma trabalhista, que voltaram a serem discutidas pela Câmara dos Deputados, com o apoio de algumas centrais sindicais, mostrando de que forma os trabalhadores poderão sofrer com os resultados desses tempos difíceis.
Avaliação parecida fez Matheus Nunes, da União Juventude Rebelião, que considera a situação atual gravíssima, chamando a atenção para as chacinas dos povos do mundo, como uma expressão da luta de classes recentes, como a repressão racial contra os negros nos EUA, a xenofobia contra os migrantes na Europa, além do golpe militar ocorrido na data de hoje contra a população da Turquia.
Mas, ao mesmo tempo, vê essa como uma fase final dessa crise e que a solução para os trabalhadores é unir as forças populares “Quem quiser humanizar a barbárie em que vivemos estará perdendo tempo, a saída é a luta”, afirma Matheus.
Os presentes puderam fazer suas considerações sobre o debate e muito já foi colocado sobre os temas que serão tratados durante o encontro.
Fonte: Assessoria de comunicação